Depois de ter atingido, em fevereiro e março deste ano, recordes históricos, o custo de produção do frango retrocedeu ligeiramente, permanecendo em relativa estabilidade desde junho passado.
Assim, embora em novembro último tenha registrado o maior valor dos últimos seis meses, aumentou apenas 1 (um) centavo em relação aos dois meses anteriores. Com isso, as variações máximas registradas entre junho e novembro ficaram menos de meio por cento abaixo e acima da média registrada no período – cerca de R$5,48/kg.
Em termos anuais, a variação registrada pelo custo ficou mais palatável, pois o aumento foi de 7%, ou seja, pouca coisa acima da inflação oficial (IPCA) que, nos últimos 12 meses, acumulou incremento de 5,9%. Mesmo assim, levando em conta um espaço de tempo mais longo, fica claro que o valor atual permanece em patamares elevados, pois, por exemplo, se encontra quase 84% acima do que foi levantado três anos atrás, em novembro de 2019. E, nesse espaço de tempo, a inflação acumulada não passou de 22%.
A despeito da estabilidade recente, o valor médio de 2022 (11 meses) continua agravado pelos valores mais elevados do primeiro semestre. Assim, a média observada entre janeiro e novembro, de cerca de R$5,55/kg, é quase 10% superior à de idêntico período de 2021 (R$5,06/kg). Mais grave, porém, continua sendo a variação em relação ao período pré-pandemia. Pois, nos 11 primeiros meses de 2019 o custo levantado pela Embrapa Suínos e Aves girou em torno dos R$2,83/kg. Ou seja: desde então quase dobrou, aumentando 95,73%.
Detalhe adicional: o custo de R$5,50/kg correspondeu ao mesmo valor registrado em novembro pelo frango vivo no mercado paulista (em Minas, a média ficou em R$5,23/kg). Quer dizer: o avicultor continua pagando para produzir.
Fonte: AviSite