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Coluna GEB-10 por Diogo Esperante – TEMPOS DIFÍCEIS

Olá amigo da Seringueira!

Semana de tensão no mercado brasileiro enquanto TSR sobe lá fora e dólar se mantem estável por aqui.

Na semana a TSR20 reagiu terminando o período a USD1,38 o kg do contrato front month em Singapura.

Já o dólar por aqui se manteve estável e fechou a R$5,21 o PTAX compra.

Esta combinação está levando a projeção da referência GEB-10 FEV e MAR a R$7,98 +4,39% de alta frente aos atuais R$7,65 válidos agora para DEZ e JAN.

Tensão no mercado brasileiro de borracha natural que segue sofrendo com uma conjunção de fatores nacionais e internacionais que estão nos levando à beira do colapso.

Internacionalmente um menor crescimento econômico nas regiões maiores consumidoras de borracha estão jogando os preços para baixo de matérias primas e produtos industrializados.

Nacionalmente, estamos sendo soterrados em produtos importados baratos o que por um lado tira a competitividade da indústria local e por outro cria dificuldades para o produtor rural escoar a safra.

Exemplo, com a alíquota de importação de pneus de carga zerada, estes que são os principais consumidores de borracha natural em nosso país estão perdendo espaço para o produto importado.

O que quer dizer menos vendas, menos produção e menos compra de matéria prima. Se combinarmos esse cenário com a farta disponibilidade de matéria prima barata entendemos porque estamos no 2º maior pico de importação de borracha natural dos últimos 25 anos e mais, entendemos porque 60% das industrias cancelaram seus pedidos nestes meses de novembro e dezembro e finalmente porque o produtor hoje, além de estar recebendo preços 62% abaixo do custo operacional da cultura está em algumas situações nem conseguindo entregar a sua produção.

Precisamos urgente de ações anticíclicas que resolvam no curto médio e longo prazo os efeitos dessa crise sem precedentes que travou o mercado nacional.

O Programa de Garantia de Preços Mínimos da CONAB é a medida mais urgente para salvaguardar o setor, porém, se não revisarmos as alíquotas de importação dos pneus de carga não adiantará ter o preço mínimo, porque não teremos é para quem VENDER essa borracha.

Por isso a APABOR está cobrando as autoridades que executem estas medidas anticíclicas o mais rápido possível!

Tempos difíceis.

Diogo Esperante

Diretor Executivo APABOR

Jornal Campo Aberto

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