A apatia que passou a caracterizar o mercado do frango vivo a partir do segundo trimestre, teve continuidade e se agravou no decorrer do mês de outubro. A ponto de o preço médio do período ter ficado acima, apenas, dos registrados em janeiro e fevereiro deste ano.

O retrocesso de preços de setembro para outubro não representa fato inédito, pois já ocorreu algumas vezes em anos anteriores. Mas, em geral, os índices de redução têm sido mínimos. Tanto que, na média dos últimos 27 anos (1995/1921), não chegou a meio por cento. Mas desta vez, o recuo mensal superou os 4%.

Não só, porém. Pois, pela mesma base citada (27 anos), o frango vivo chegou ao mês de outubro valendo, praticamente, 18% acima da média registrada no ano anterior. Neste ano a variação mal passa dos 4%.

Mais: comparativamente ao mesmo mês do ano passado, o preço médio deste último outubro foi 8,33% inferior. Portanto, continuou caminhando opostamente à inflação que, embora registrando queda nos últimos meses, ainda se encontra cerca de 6% a 7% acima da registrada 12 meses atrás (o IPCA-15 do período ficou em 6,85%).

É provável que a oferta mais recente tenha aumentado, pois, como já foi mostrado, em agosto a produção de pintos de corte rompeu a média registrada entre janeiro e julho, pouco superior a 550 milhões de cabeças, aproximando-se dos 600 milhões de cabeças. E isso deve ter se repetido em outubro.

Mas, com certeza, não é o aumento de produção que vem ocasionando o marasmo no mercado de aves vivas, porquanto as exportações têm se mantido crescentes, absorvendo o possível adicional registrado. Ou seja: o problema parece estar todo concentrado no consumo interno.

Fonte: AviSite