À primeira vista, as exportações de carne de frango in natura da semana inicial de outubro corrente (1 a 8, cinco dias úteis) apresentaram resultados que deveriam ser amplamente comemorados. Pois, afinal, alcançaram média diária – 22.822 toneladas – ainda não registrada no setor e que supera em mais de 10% o recorde até agora observado – 20.378 toneladas/dia em abril passado.
Acontece que este é apenas o primeiro resultado do mês. Ou seja: abrange período que, em várias outras ocasiões, adicionou aos embarques iniciais do mês volumes não contabilizados do mês anterior. E, sendo isso verdadeiro ou não, a realidade é que, naturalmente, sempre tem ocorrido uma diluição dos embarques com o avançar do mês.
Tomando como exemplo um caso muito próximo, em maio de 2021 o mês foi aberto com embarques diários de 22.763 toneladas. Mas acabou encerrado com um volume médio de 18.247 toneladas/dia, quase 20% menos que o registrado na primeira semana.
Por essa razão, o melhor a esta altura talvez seja adotar como base a média diária exportada nos nove primeiros meses do ano – perto de 18 mil toneladas/dia. O que sugere, para os 20 dias úteis de outubro corrente, embarques totais em torno das 360 mil toneladas, praticamente o mesmo volume registrado em outubro do ano passado (361,9 mil toneladas).
De concreto, por ora, só o preço médio, de US$2.056,65/tonelada, resultado 16,15% superior ao de outubro do ano passado. Mas, como apontou ontem o AviSite ao analisar a evolução do preço das carnes pelo Índice da FAO, os preços da carne de frango vêm sendo decrescentes. Assim, essa cotação corresponde ao menor valor dos últimos três meses.
Fonte: AviSite