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China e Brasil: tendências de produção, comércio e consumo de carne de frango em 2023 na visão do USDA

A alternância na vice-liderança da produção global prossegue: depois de manter-se, no triênio 2019/2021, como segundo maior produtor de carne de frango do mundo, em 2022 e 2023 a China volta a ceder essa posição para o Brasil. Essa é, pelo menos, a previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Em 2022, os dois países tendem a registrar decréscimo na produção. A China, de 2,72%, o Brasil, de 0,69%. Mas no próximo ano, enquanto o Brasil pode aumentar sua produção em mais de 3%, a previsão para a China é a de um crescimento “zero”. Resultado: em comparação a 2021, obtenção de um volume quase 2,5% maior no Brasil e ainda inferior (quase 3% a menos) na China.

No tocante à importação (restrita à China), o USDA ratifica a tendência de redução (17,62% a menos) em 2022, quase neutralizada por um acréscimo de 15,38% em 2023. Quase, explica-se, porque o volume previsto para o próximo ano ainda tende a ficar perto de 5% aquém do registrado no ano passado.

Os dois países devem aumentar suas exportações em 2022. A China, em mais de 20%; o Brasil, em pouco mais de 11%. Só que, aos níveis previstos, o adicional físico da carne de frango chinesa não chega a 100 mil toneladas, correspondendo a um quinto do adicional previsto para o Brasil (475 mil toneladas a mais).

Mais interessante, no entanto, é a previsão para 2023. Pois, então, as exportações brasileiras poderão chegar ao número “mágico” dos 5 milhões de toneladas, aumentando quase 20% em relação a 2021. Já as exportações chinesas, mesmo alcançando, no ano que vem, volume um quarto superior ao do ano passado, representarão apenas 15% das exportações do Brasil.

O corolário desses desempenhos será uma oferta interna neste ano inferior à de 2021 em ambos os países. Na China, de 4,20%; no Brasil, de mais de 5%. Índices que tendem a ser parcialmente corrigidos em 2023, para quando são previstos aumentos, em relação a 2022, de 1,5% no Brasil e de pouco mais de meio por cento na China. Porém, ainda assim, nos dois países, a oferta interna de carne de frango do próximo exercício continuará aquém da que foi registrada em 2021.

A ressaltar que, nas estatísticas do USDA, não está incluso o volume relativo ao comércio de pés/patas de frango, dos quais a China é o maior importador e o Brasil (conforme o USDA) o segundo maior exportador. Portanto – consideradas as projeções atuais – os números das importações chinesas devem ser superiores aos apontados e os relativos às exportações brasileiras devem superar os 5 milhões toneladas.

Fonte: AviSite

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