A Tereos, segunda maior produtora de açúcar do mundo, disse nesta terça-feira, 27, que seu presidente-executivo, Ludwig de Mot, deixará o cargo no final deste mês. Ele é o terceiro CEO a deixar a empresa em menos de dois anos.
O grupo francês passou por repetidas mudanças na alta gestão e uma profunda revisão em sua estratégia desde o final de 2020, quando uma longa disputa interna levou à demissão de seu chairman e CEO.
O CEO Philippe de Raynal deixou o grupo após menos de um ano no comando e foi substituído por de Mot em abril.
A Tereos disse que o conselho de administração e de Mot concordaram em não renovar seu mandato, que qualificou como “interino” na terça-feira, um termo que a empresa não havia usado no momento de sua nomeação.
De Mot será substituído por Gerard Clay, presidente do conselho de administração. Clay ficará como diretor administrativo enquanto aguarda uma substituição, disse a Tereos em comunicado.
“O conselho de administração confirma a continuidade da estratégia do grupo definida desde 2021 e continua, juntamente com as equipas operacionais, a trajetória de transformação que tem permitido ao grupo registrar resultados tangíveis”, afirma.
A Tereos, também produtora de etanol e amido com grandes atividades no Brasil, divulgou no mês passado um aumento nos lucros do primeiro trimestre encerrado em 30 de junho, uma vez que os altos preços de mercado compensaram a alta de custos de matéria-prima e energia, mas alertou que o aumento dos custos poderia levar a maior endividamento no ano fiscal de 2022/23.
Gwenael Elies, que ocupou o cargo até a nomeação de De Mot, foi nomeado vice-diretor administrativo e continua responsável pelas finanças, sistemas de informação, assuntos jurídicos, impostos e conformidade e recursos humanos, disse a Tereos.
Por Sybille de La Hamaide e Sudip Kar-Gupta
Fonte: Reuters