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Frango abatido: desempenho em julho e nos sete primeiros meses de 2022

Em julho, o frango abatido manteve a recuperação de preço iniciada no mês anterior e, com uma valorização mensal próxima de 5%, alcançou o segundo maior valor do ano, ficando apenas 1,2% abaixo da média registrada em abril, por ora a melhor de 2022.

De toda forma, evoluiu de forma bem mais lenta que a registrada um ano atrás. Tanto, que seu valor médio no mês ficou não mais que 4% acima do alcançado em julho do ano passado – uma evolução muitíssimo aquém da inflação registrada nos últimos 12 meses.

Ainda assim pesa contra o setor – ou, pelo menos, para aqueles com visão limitada dos números – o fato de o preço alcançado em julho último ter correspondido a um aumento, só neste ano, de 21,5%, índice que levou um analista a taxar o frango de “vilão da inflação”.

Ignorou-se, neste caso, que no ponto de partida para chegar-se a tal índice (dezembro de 2021), o preço do frango abatido havia retrocedido ao menor patamar do semestre, com queda de 18% em relação ao que havia sido registrado na média do trimestre agosto/setembro/outubro.

Também pode pesar contra o setor – neste caso, para aqueles que desconhecem a atividade – a constatação de que, nos últimos dois anos, o preço do frango abatido aumentou cerca de 60%. Mas esse índice ainda permanece aquém do que vem sendo registrado pelos custos básicos de produção, isto é, sem levar em conta, ainda, os aumentos nos combustíveis, energia, transporte, embalagens, etc.

Por sinal, levada em conta a média do trimestre agosto/setembro/outubro do ano passado, o valor médio de julho último agora também é inferior, correspondendo a cerca de 15 centavos a menos. Ou seja: é clara a tendência de fechar-se o terceiro trimestre de 2022 com remuneração nominal menor que a de um ano atrás.

Fonte: AviSite

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