Embora o frango vivo esteja encerrando agosto com um valor médio inferior ao do mês anterior (redução de 0,65% pelos resultados preliminares), seu poder de compra em relação à principal matéria-prima, o milho, é maior que o registrado, por exemplo, em abril passado, quando a ave viva alcançou a melhor cotação do ano (R$6,50/kg, no interior de São Paulo).
Isso decorre do fato de, desde então, o preço do frango ter recuado pouco mais de 7%, enquanto o do grão retrocedeu quase 9%. Assim, as cotações médias de agosto garantiram a aquisição de 70,84 sacas de milho por tonelada de frango vivo, o maior volume registrado nos últimos 25 meses, ou seja, desde agosto de 2020.
É, não há dúvida, resultado muitíssimo melhor que o observado seis meses atrás, em fevereiro, ocasião em que a capacidade de compra do frango recuou a menos de 70% do volume atual, correspondendo ao terceiro menor valor adquirível desde maio de 2016. No entanto, a capacidade de compra de agosto corrente permanece mais de 17% aquém da observada três anos atrás (85,87 sacas em agosto de 2019).
Apesar, porém, do aumento no mês, neste ano o poder de compra do frango vivo permanece no terceiro pior nível dos últimos 10 anos. E, mesmo que por pequena diferença, se encontra ainda abaixo daquele registrado em 2016, ano marcado por quebra da safra de milho (menos de três quintos da safra atual, de cerca de 115 milhões de toneladas, por sinal, a maior de todos os tempos).
A despeito dos altos e baixos registrados nos sete anos decorridos entre 2013 e 2019, a constatação é a de uma capacidade média de compra bem superior à dos últimos três anos. Comparativamente, a dos oito primeiros meses de 2022 ainda é mais de 20% inferior (de 79,16 sacas ou 4,750 toneladas na média 2013/2019 para 62,25 sacas ou 3,735 toneladas em 2022).
Fonte: AviSite
