O Fundecitrus realizou um trabalho para identificação do intervalo de aplicação ideal em brotos vegetativos de laranjeira, que são atrativos ao psilídeo, visando evitar novas infecções pelo greening. Para isso, os brotos receberam corante fluorescente, que simula a presença de inseticidas, e foram fotografados semanalmente em uma câmara de crescimento por 14 dias, em condições de primavera e verão.
Dentre os seis estágios de desenvolvimento dos brotos, os quatro primeiros (V1 a V4) são os mais atrativos ao psilídeo e favoráveis para sua alimentação e reprodução, e, portanto, devem ser os mais protegidos.
Observou-se que os estágios V1 a V4 se desenvolvem rapidamente e que a expansão das folhas faz com que todo o tecido novo fique desprotegido, estando vulnerável à chegada do psilídeo e possibilitando “janelas para infecção”. Dessa forma, nessa fase, pulverizações em intervalos acima de sete dias não serão eficazes para evitar a transmissão da bactéria do greening.
De acordo com o pós-doutorando do Fundecitrus e responsável pelo trabalho, Juan Arenas, a recomendação é que, nessas fases, as aplicações tenham intervalo máximo de sete dias. “Isso porque os inseticidas aplicados sobre as folhas não apresentam ação sistêmica, ou seja, não se movimentam dentro da planta e não acompanham o crescimento dos brotos”, explica.
Outra comprovação do trabalho é que, a partir do estágio V5, como não há expansão e apenas amadurecimento das folhas, a cobertura do produto permanece intacta sobre elas, e as aplicações podem ser feitas a cada 14 dias. Nesse caso, o intervalo de aplicação dependerá da ocorrência de chuvas (que removem os inseticidas) ou da degradação do produto (que reduz seu período residual).
Essas ações otimizam as aplicações e ajudam o citricultor a ser mais eficiente na proteção dos brotos e no controle do greening.
Os detalhes completos desse trabalho estão na edição Nº 57 da Revista Citricultor:
https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/revista_detalhes/revista-citricultor—edicao-57/76.
Fonte: FUNDECITRUS