Olá amigo da seringueira!
Últimos dias foram de alta no dólar e queda na TSR com clima de recessão internacional.
Desde o final do mês passado e início deste a TSR veio perdendo fôlego tendo terminado o pregão da última sexta feira cotado a USD1,63 o kg do contrato front month.
O dólar por sua vez ganhou força fechando a última sexta feira cotado a R$5,31 o ptax compra.
Esta combinação está levando a projeção da Referência GEB-10 AGO e SET a R$9,40 +3,3% de alta frente aos atuais R$9,10 válidos agora para JUN e JUL.
Destaque para o clima de Recessão na economia mundial que ao mesmo tempo que afugenta capital do Brasil aumentando a taxa de câmbio, reduz a liquidez nos mercados futuros e ameaça o ritmo do crescimento da demanda por borracha natural.
Essas são as razões de estarmos testemunhando o dólar subindo e um preço internacional da Borracha caindo.
O aumento histórico da inflação nos EUA e na Zona do Euro está levando os bancos centrais a projetar aumentos de Juros consideráveis o que por sua vez reduz o crescimento econômico e por consequência o consumo industrial.
Neste cenário a demanda por borracha natural corre o risco de sofrer com um crescimento menor que o esperado.
A China, maior consumidor mundial tem um papel relevante neste cenário, e as sucessivas paradas e lockdowns no país devido a política de “COVID Zero” está paralisando o consumo por lá também.
Apesar disso, para nós aqui no Brasil o dólar vai servindo como Hedge Natural para o risco de recessão mundial e mantendo nossa commoditie em alta.
O problema é que a inflação por aqui está corroendo o poder de compra dos seringueiros (principal fator na composição do custo de produção da borracha).
Ou seja, ainda que a turma ganhe mais, podem acabar vendo seu dinheiro perder valor no frigir dos ovos do orçamento doméstico.
Por isso é bom aproveitar esse finalzinho de safra para preparar as reservas que nesta entre safra, serão mais importantes que nunca.
Até lá eu sou,
Diogo Esperante
Diretor Executivo da APABOR
Jornal Campo Aberto
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