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Empresa de pururuca planeja dobrar produção ao obter o primeiro selo Sisbi de Araraquara

Pururucas de Araraquara podem ser vendidas para todo o território nacional  (Foto: Rodrigo Abuchaim)

Município é o 7º de SP a conseguir equivalência ao Sistema Brasileiro de Inspeção; agora empresas poderão se adequar e vender produtos cárneos para todo o país

Uma fábrica de pururuca, torresmo e banha suína de Araraquara, no interior de São Paulo, será a primeira do município a obter a licença do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para vender seus produtos para todo o Brasil. Com a conquista, o proprietário Rodrigo Luiz Abuchaim disse que planeja dobrar a produção e ampliar o quadro de funcionários até o final do ano.

A novidade foi anunciada nesta quarta, dia 1º, quando foi publicada a portaria 584, que reconhece a equivalência do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). A partir de agora, agroindústrias de Araraquara que se adequarem às exigências do sistema brasileiro poderão vender seus produtos cárneos para todo o país.

Com a publicação, Araraquara se junta ao grupo de seis municípios que já haviam conquistado o selo Sisbi-POA: Rio Claro, Itu, Ibiuna, Fernandópolis, Joanópolis e Itapetininga. “O reconhecimento da equivalência do SIM Araraquara ao Sisbi-POA indica que o serviço municipal tem condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Mapa. No caso específico, essa equivalência vale para a agroindústria da carne e derivados, exceto para o abate”, explica Amélia da Silva Teixeira, auditora fiscal federal agropecuária que atua na Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP). A superintendência é a representação do ministério no Estado.

Amélia disse ainda que, para conceder a adesão, o SIM passou por uma avaliação documental, que incluiu a análise das legislações municipais, organização administrativa, sistemas de informação, controle de documentos, infraestrutura administrativa, registro das ações da inspeção e fiscalização, entre outras. “Também foi feita uma auditoria in loco para verificação dos itens descritos nos documentos”, afirmou.

Para a superintendente Andréa Moura, a adesão significa mais um importante avanço para o Estado de São Paulo uma vez que promove o desenvolvimento regional, o fortalecimento da economia local e amplia a oferta de produtos de qualidade, submetidos a procedimentos equivalentes de inspeção à população em geral.

EXPANSÃO

O empresário Rodrigo Abuchaim contou que há dez anos se preparava para esse momento. A fábrica começou em 2004 no quintal da casa onde morava sua família, por iniciativa do pai. Com o tempo, a agroindústria Porkão foi crescendo e a família decidiu comprar um barracão ao lado, concretizando a expansão.

“Agora, com o selo Sisbi, a gente deve vender para mais de dez Estados brasileiros que têm interesse no produto, como Paraíba, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e outros. A ideia é dobrar a produção nos próximos meses e contratar mais umas dez pessoas”, afirmou. Hoje a empresa conta com 18 empregados.

O médico veterinário Gustavo Cavaliere, gerente do Serviço de Inspeção Municipal de Araraquara, disse que a mobilização para aderir ao Sisbi-POA começou há cerca de dois anos. “Foi quando começamos a nos estruturar para cumprir as exigências. Hoje temos sede própria, veículo, dois veterinários, um fiscal municipal e um funcionário administrativo”, contou.

Antes disso, em 2018, o SIM foi transferido da Secretaria Municipal de Saúde para a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo, onde fica a Coordenadoria de Agricultura. Também foi providenciada a modernização da legislação que criou o serviço municipal e houve uma série de reuniões com agroindústrias interessadas na expansão dos negócios.

A etapa final foi uma auditoria do Mapa para verificar se o SIM estava preparado para inspecionar as empresas. “Foi uma auditoria tranquila, que nos ajudou bastante. Eles nos explicaram muita coisa”, finalizou.

Por Ana Maio

Fonte: Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo – SFA-SP

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