Casal à frente da Horta dos Campos, em Votuporanga, conduz empreendimento de agricultura orgânica com conhecimentos obtidos em cursos do SENAR-SP
De “Saneamento básico” a “Tratamento de bambu por substituição da seiva”, passando por “Olericultura orgânica”, o casal Bruna e Henrique Campos já fez várias formações no SENAR-SP. Eles deixaram a capital há pouco mais de dois anos, em busca de uma vida mais saudável. “Experimentamos a alimentação orgânica e fomos curados de alguns problemas de saúde. Porém, esse tipo de alimento é mais caro e não tínhamos condições financeiras de arcar com a compra mensal. Decidimos que nós mesmos deveríamos produzir nosso alimento e, se funcionasse, poderíamos vender o excedente”, conta Bruna.
Conheceram o SENAR-SP assim que chegaram a Votuporanga, onde passaram a trabalhar em uma terra arrendada. “Logo de cara já oferecemos a terra para o curso de Olericultura Orgânica de 2020, que quase no final foi cancelado devido a pandemia. Mesmo assim, ele foi a única base que tivemos para iniciar nossa vida na roça! Todo o ensinamento teórico e as aulas práticas nos prepararam para montar e dar andamento à nossa horta”, diz a produtora.
Enfrentando imprevistos
O casal conta que, antes de conhecer os cursos do SENAR, não possuíam conhecimento algum sobre produção rural. A responsabilidade de fazer o negócio dar certo firmou as bases da horta – com a ajuda das formações. “Todo o aprendizado que tivemos foi a única base para acertar o máximo possível, pois da horta depende nossa renda. É muito bom trabalhar com confiança e autonomia! Nossa primeira estufa de verduras foi feita com bambu, que aprendemos a colher e tratar no curso ‘Tratamento de bambu por substituição da seiva’”, diz Bruna.
As formações deram o instrumental necessário para a reorganização da Horta dos Campos em uma nova propriedade, e também para enfrentar imprevistos. “Um exemplo claro de como o SENAR-SP foi essencial na nossa vida foi quando mudamos de sítio e tivemos que refazer o sistema de fossa. Como havíamos feito o curso de ‘Fossa séptica biodigestora’, foi muito simples e rápido resolver este problema. Outro exemplo: em uma tempestade, várias bananeiras quebraram cachos de banana ainda verdes, mas no curso de ‘Processamento artesanal de banana verde’ aprendi a fazer biomassa e vender, dessa forma o imprevisto não se tornou prejuízo”, comemora Bruna.
Aprendizado contínuo e autonomia
Como resultado das formações, em um ano a Horta já sustentava o casal. Graças ao relacionamento firmado com o SENAR-SP e com produtores da região, o aprendizado continua após os cursos. “Tanto as aulas teóricas quanto as práticas nos proporcionaram muitas experiências. As cartilhas dos cursos do SENAR-SP são muito didáticos e de fácil compreensão, e os professores extremamente preparados e acessíveis. Temos até um grupo no WhatsApp para troca de informações e dicas. Aprendemos detalhes e adquirimos melhor compreensão de como agir na hora do trabalho. A troca de experiências e vivências dos participantes é mágica”, reforça a produtora.
Para o casal, o segredo da vida produtiva está na autonomia – e esta é fruto do conhecimento. Com ele, é possível superar barreiras que antes afastavam as pessoas da vida rural. “Há poucos anos as famílias buscavam sair do campo e se mudar para a cidade porque a vida na roça é difícil. Tudo era muito mais difícil para o pequeno produtor rural, mas através do SENAR-SP a família do campo vai conquistando autonomia, amplia o conhecimento, conhece outros produtores, gera renda e é muito valorizado. Vale a pena”, conta a produtora.
O trabalho do casal pode ser acompanhado na página do Instagram: www.instagram.com/hortadoscampos.
Galeria
Fonte: FAESP