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Aumento na oferta de carne suína pressiona preços

O aumento nos abates de suínos no Brasil no primeiro trimestre colaborou para elevar a oferta da carne no mercado e pressionar preços num cenário de baixa demanda, segundo informações divulgadas pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O abate de suínos, em peso acumulado de carcaças, subiu 6,7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, a 1,24 milhão de toneladas. Comparado ao quarto trimestre do ano passado, houve alta de 1,8% no volume abatido, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada.

“Mantida esta média do primeiro trimestre para o restante do ano de 2022, projeta-se um aumento da produção da ordem de quase 2%, podendo chegar à marca de 5 milhões de toneladas”, disse a ABCS em nota na quinta-feira (19).

“Mas é pouco provável que este crescimento continue no mesmo ritmo, pois há indícios de que, desde o final do ano passado, houve redução de matrizes que certamente impactará a produção do segundo semestre deste ano com queda nos volumes produzidos.”

A fraca demanda doméstica e o recuo no ritmo das exportações de carne suína em maio têm levado à forte queda nos preços da carne e de suínos nas praças acompanhadas pelo Cepea.

O preço da carcaça suína especial caiu 8,9% no mês até quarta-feira (18), a R$ 9,14/kg. O valor do suíno vivo caiu entre 7,66% e 16,67% nas praças acompanhadas pelo Cepea.

As temperaturas mais baixas registradas no país nesta semana preocupam suinocultores, já que o clima frio exige aumento na oferta de ração aos animais, resultando em aumento nos custos de produção, segundo disse o Cepea em nota na quinta-feira.

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil

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