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Milho: as tendências de produção, utilização e comércio nas novas previsões do USDA

Imagem: ALTAMIR/Pixabay

Já considerando os desdobramentos da beligerância da Rússia sobre a Ucrânia, em sua mais recente previsão sobre a produção, utilização e comércio de grãos na safra 2021/2022 o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou que, neste ano, as importações mundiais de milho permanecerão, com pequena redução (-0,03%), nos mesmos níveis do ano passado. Assim, ainda que o período tenha sido aberto com uma queda de quase 5% nos estoques iniciais, a previsão de um aumento de mais de 7% na produção mundial irá garantir um suprimento 4% maior que o da safra 2020/2021.

No tocante à utilização, o consumo total estimado (pouco mais de 1,196 bilhão de toneladas) praticamente empata com a produção mundial prevista (1,2 bilhão de toneladas). Do total estimado, cerca de 63% (753,5 milhões de toneladas) serão destinados à produção de rações animais – volume que, se confirmado, significará aumento de pouco mais de 4% sobre 2021.

O item de maior expansão nessa projeção refere-se à exportação: incremento de, praticamente, 10% para o USDA. Um índice que deve ser assegurado por apenas quatro exportadores, a saber: os dois países em guerra (Ucrânia, com aumento anual de 15%; e Rússia, com 13% a mais que em 2021), a União Europeia (+31%) mas, principalmente, o Brasil – cujas exportações de milho, prevê o USDA, devem mais do que dobrar e chegar aos 43 milhões de toneladas.

(Abrindo parêntese: ontem [10], ao divulgar nova previsão para a safra brasileira de grãos 2021/2022, a CONAB projetou que as exportações brasileiras de milho devem aumentar cerca de 67% neste ano, chegando aos 35 milhões de toneladas).

Aceitos os números do USDA, a presente safra será encerrada com um estoque final (301 milhões de toneladas, aproximadamente) cerca de 3% maior que o da safra passada. Notar, de toda forma, que 70% desse volume (210,2 milhões de toneladas) estão representados por um projetado estoque final da China.

Para o Brasil é previsto um estoque final de 5,2 milhões de toneladas, 10% maior que o de 2021, mas equivalente a apenas um terço do estoque final da safra 2016/17 (perto de 15,9 milhões de toneladas, pelos apontamentos da CONAB).

Fonte: Avisite

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