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Ibravag e Sebrae lançam parceria de R$ 3,4 milhões para aprimorar o setor

  • Programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA) foi apresentado no Pavilhão Internacional da Feira e prevê o maior investimento já realizado de uma só vez no setor para capacitação de gestores e pessoal técnico, além da busca de novas tecnologias e criação de um selo de qualidade

O maior investimento já realizado no País para qualificação das empresas aeroagrícolas em boas práticas operacionais, avaliação de tendências e implementação de novas tecnologias. Assim o diretor-executivo do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), Gabriel Colle, classificou o programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA), apresentado nesta quinta-feira (10). A movimentação foi no Pavilhão Internacional da Expodireto/Cotrijal, que termina nesta sexta-feira (11), na cidade gaúcha de Não-Me-Toque. O BPA é uma parceria entre o Ibravag e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) e prevê o investimento de R$ 3,4 milhões em 18 meses, em ações de melhoria da gestão, qualificação e aprimoramento do pessoal das empresas aeroagrícolas e busca de novas tecnologias para o setor.

A apresentação contou ainda com o diretor de Projetos do Ibravag, Rodrigo Almeida, além do vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder. O programa BPA Ibravag/Sebrae tem apoio do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e a meta é atender pelo menos 80 micros e pequenas empresas da aviação agrícola, atendendo cerca de 5 mil profissionais. Segundo Almeida, o Brasil tem atualmente cerca de 240 empresas aeroagrícolas em operação. “Destas, 80% são micros ou pequenas empresas. Por isso, nosso objetivo, na verdade, é ir além a meta estabelecida no projeto”, adianta.

O BPA abrange os 23 Estados onde atuam a aviação agrícola. Suas ações irão se debruçar sobre a qualificação e reciclagem de seus gestores, pessoal técnico e pilotos. Isso além da implantação de novas tecnologias. O que implica desde equipamentos e sistemas embarcados ou de gestão a até o uso de drones em complemento a aeronaves em campo. “Teremos ainda a edição de um Manual de Boas Práticas abrangendo todos os setores da empresa. Além das capacitações, as participantes passarão ainda por auditorias a cada etapa. E as que forem aprovadas em todas receberão um selo de Boas Práticas Aeroagrícolas. A certificação de que tudo está sendo cumprido será a grande entrega do projeto à sociedade”, destaca Gabriel Colle.

Quanto às pesquisas, isso deve se traduzir também em incentivo a startups. “Tanto que já temos previsto a realização de um hackatagro aeroagrícola”, ressalta Colle, referindo-se ao movimento pela digitalização do agro e que inclui maratonas com rede empresas do agro, startups e investidores para potencializar soluções para o setor.

 Para Enio Schroeder, os temas abordados no BPA vêm ao encontro dos objetivos da Expodireto – que é uma das mais importantes feiras internacionais do agro no País. Já se fala há muitos anos na boa tecnologia da aviação agrícola. “Mas de um tempo para cá temos visto as inovações no agro brasileiro acelerarem muito. A tal ponto que uma novidade que antes demorava anos para ser superada, hoje se torna obsoleta em meses. E nisso o Brasil não deve nada a nenhuma outra nação”, comentou o vice da Cotrijal, festejando o projeto do Ibravag e Sebrae. “Então, anda mais adequado do que esta apresentação ter ocorrido no Pavilhão internacional da feira.”

AGENDA

A apresentação do BPA na Expodireto, além da primeira mostra do projeto ao público, foi um pré-lançamento da iniciativa para o mercado agrícola – e para futuros parceiros. Isso porque, dos R$ 3,4 milhões de seu orçamento, o Sebrae garantiu 70% do valor e os outros 30% serão contrapartida do Ibravag e parceiros. “Para isso, estamos buscando apoio de fabricantes e fornecedores de produtos e tecnologias. Temos acordos já alinhavados e a lista completa deve ser divulgada no lançamento oficial do projeto, que vai ser marcado nas próximas semanas, na sede do Sebrae em Brasília”, destaca Colle.

No entanto, o “casamento” para o BPA foi sacramentado em fevereiro, com assinatura dos presidentes do Sebrae, Carlos Melles, e do Ibravag, Júlio Augusto Kämpf. Isso ocorreu menos de um mês após o Ibravag e o Sindag divulgarem o balanço da frota aeroagrícola em 2021 – que teve um crescimento de 3,4% e chegou a 2.432 aeronaves em todo o País. Com isso, o Brasil segue com a segunda maior frota aeroagrícola do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos (que tem cerca de 3,6 mil aeronaves. Considerando o ranking dos 23 Estados Brasileiros que contam coma tecnologia, só seus dois líderes (Mato Grosso, com 600 aeronaves, e Rio Grande do Sul, com 421 aviões) têm, cada um, mais aviões no setor do que a Nova Zelândia (374 aviões e helicópteros) e Austrália (cerca de 300 aeronaves).

Por Castor Becker Júnior 

Assessor de imprensa Sindag

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