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Guerra na Ucrânia reforça votação de PLs de combustíveis no Senado

Senadores devem retomar na próxima semana a votação do PL 1472/21 e do PLP 11/20

A guerra na Ucrânia e a disparada da cotação do petróleo tornou a pauta de combustíveis mais urgente, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O parlamentar defendeu pelas redes sociais que “mais do que nunca” se faz necessário medidas que impeçam o aumento dos preços dos combustíveis.

Pacheco confirmou que os senadores devem retomar na próxima semana a votação do PL 1472/21, que cria uma conta estabilizadora de preços e cria uma política de preços interna, e do PLP 11/20, que regulamenta a cobrança do ICMS sobre os combustíveis.

“Na próxima semana, os dois projetos de lei que trazem medidas para controlar a escalada dos preços de combustíveis estarão na pauta do Senado. Mais do que nunca, diante do aumento do valor do barril de petróleo, precisamos tomar medidas que impeçam a elevação do preço dos combustíveis”, publicou nesta quarta-feira, 2.

Como consequência do conflito causado pela invasão russa à Ucrânia, a cotação do Brent chegou a ultrapassar US$ 110 na última quarta – a maior alta registrada no mercado, até então, desde agosto de 2014.

A Petrobras avalia a volatilidade do cenário internacional, mas espera um “impacto significativo” nos custos de importação de gás natural.

Relator de ambos os textos, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) voltou a reforçar a importância da aprovação das matérias como ferramentas para aliviar o peso dos preços dos combustíveis e cobrou ações do governo.

“Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália e Polônia reduziram impostos. Suécia, Noruega, Japão e Grécia dão subsídios. Estados Unidos libera suas reservas estratégicas. Inglaterra e Portugal dão descontos. Só aqui no Brasil é que o governo federal não faz nada! E ainda emperra as soluções apresentadas pelo Congresso”, disse também pelas redes sociais.

No início da semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que os Estados Unidos e outros 30 países chegaram a um acordo para liberação de 60 milhões de barris de reservas estratégicas de óleo, para compensar os efeitos da invasão russa à Ucrânia.

Metade do volume virá de reservas controladas pelo governo dos EUA.

Mudanças nos textos podem facilitar aprovação

A votação dos projetos estava prevista para semana antes do Carnaval, mas acabou sendo adiada após mobilização dos estados, que são contrários à aprovação de mudanças na cobrança do ICMS sobre combustíveis.

Com intuito de diminuir resistências, Prates retirou a criação do imposto de exportação de petróleo do texto que cria um mecanismo de suavização dos preços e, no caso do ICMS, acatou emenda da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) que permite ao governo federal desonerar diesel e GLP sem compensação financeira.

Ainda na quarta, 23, durante a sessão, Pacheco havia dado recados de que é favorável à aprovação dos dois projetos.

“É muito importante o Senado dar uma resposta, porque, de fato, há uma cobrança grande da sociedade brasileira com relação ao preço do litro do combustível, da gasolina, do diesel”, disse o presidente do Senado a época.

Petróleo atinge novas máximas

Os preços do petróleo voltaram a atingir novas máximas nesta quinta-feira, 3. O petróleo do tipo WTI, referência americana, estava sendo negociado no nível mais alto desde 2008 enquanto o Brent, referência global, atingiu sua máxima desde 2013.

O WTI superou nesta quinta o valor de US$ 115. Já o Brent europeu se aproximou dos US$ 120. Por volta das 15h10 (horário de Brasília), o barril de Brent do Mar do Norte caía 0,93%, a US$ 111,88, depois de alcançar US$ 119,84.

No Brasil, importadores indicam defasagem de 25% nos valores médios de diesel e gasolina da Petrobras nas refinarias, ante a paridade de importação – um nível não visto há cerca de 10 anos, apontam cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

último reajuste anunciado pela Petrobras ocorreu no dia 11 de janeiro.

Por Larissa Fafá

Fonte: EPBR

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