O Fundecitrus, em parceria com o IAC, Esalq/USP e Embrapa Mandioca e Fruticultura, instalou dois experimentos no campo experimental do Centro de Citricultura Sylvio Moreira como parte de estudos sobre o greening.
Os experimentos integram uma etapa do projeto de pesquisa “Medidas para redução das infecções primárias no manejo integrado do huanglongbing no cinturão citrícola de São Paulo: viabilidade técnica e econômica”, apoiado pela Fapesp, que busca aprimorar o pacote de técnicas integradas de manejo da doença.
O pesquisador do Fundecitrus, Renato Bassanezi, responsável pelo projeto, explica que os estudos sobre o greening são fundamentais para a continuidade e competitividade da citricultura paulista. “Especialmente neste momento, em que o greening atinge o maior patamar de incidência no cinturão citrícola, é fundamental que todo o conhecimento produzido e atualizado chegue até o citricultor e que ele adote um pacote de manejo rigoroso para controlarmos a doença”, afirma.
Experimentos avaliam a interação do psilídeo com brotações e com combinações de copa e porta-enxerto
Os experimentos instalados no campo experimental do Centro de Citricultura Sylvio Moreira são focados no psilídeo Diaphorina citri, inseto vetor do greening.
O primeiro experimento tem como objetivo avaliar brotações de plantas de citros e dispersão do psilídeo. Para avaliar esse efeito do fluxo de brotações dentro de um mesmo talhão nessa dispersão, serão definidos quatro tratamentos distintos de acordo com a presença/ausência de brotações na borda e no centro do talhão.
O segundo experimento pretende avaliar a influência do vigor vegetativo resultante da combinação copa/porta-enxerto na dispersão do psilídeo na borda da propriedade. Como combinação de alto vigor será utilizada a laranjeira Hamlin enxertada em tangerineira Sunki Tropical e como combinação de baixo vigor a laranjeira Hamlin sobre trifoliata Flying Dragon. Os experimentos serão baseados na metodologia de marcação, liberação e recaptura do psilídeo e os resultados servirão para o desenvolvimento de estratégias de controle do greening nos talhões de borda das propriedades.
“Esses experimentos fazem parte de um esforço de pesquisa maior que fornecerá subsídios importantes para a integração de medidas de controle aplicadas na faixa de borda dos talhões para o aumento da eficácia do manejo do greening no cinturão citrícola”, completa Bassanezi.
O pesquisador ainda destaca que “A parceria entre Fundecitrus, IAC, Esalq/USP e Embrapa nesse projeto é importante para que as pesquisas nas buscas por soluções para o controle do greening avancem mais rápido. O controle do greening exige a participação e colaboração de todos os citricultores, assim como o esforço e conhecimento de toda a comunidade científica para ter êxito.”
Para o diretor do Centro de Citricultura Sylvio Moreira, Dirceu Mattos Jr., esta parceria demonstra o esforço, da pesquisa, na campanha Unidos contra o greening. “De fato, estamos colocando competências num quebra-cabeças de muitas peças, para o qual precisamos de toda atenção para estabelecer melhores estratégias de controle da doença e manter nossa citricultura sustentável. A interação institucional criada com o estabelecimento desses experimentos é excepcional, cria maiores oportunidades de discussões, qualidade de trabalho e entregas ao setor”, afirma.
Fonte: FUNDECITRUS