Carne de frango sobe 23% em março e perde competitividade

O preço da carne de frango da Grande São Paulo subiu mais de 23% em março e vem perdendo competitividade em relação a outras proteínas, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

“No mercado de frango, a demanda externa aquecida reduz a disponibilidade doméstica de muitos produtos, permitindo que vendedores elevem os preços, como forma de garantir margens positivas, devido ao alto custo de produção”, disse o Cepea em nota na sexta-feira (25).

O índice de preços Cepea/Esalq para a carne de frango congelada em São Paulo subiu 23,7% em março, até sexta-feira (25), a R$ 7,51 o quilo.

A carne de frango resfriada teve alta de 23,3%, a R$ 7,83/kg, na mesma base de comparação.

Segundo o Cepea, a carne de frango perdeu a competitividade apesar de altas menos intensas verificadas para as outras proteínas.

No caso da carne bovina, a reduzida disponibilidade de boi gordo tem sustentado os preços da carne, mas a baixa demanda brasileira pelo produto impede que a carcaça casada bovina volte a ser comercializada acima dos patamares observados para o animal para abate.

O setor produtor de carne suína também enfrenta um cenário de demanda desaquecida no mercado doméstico e altos custos de produção.

“O poder de compra dos suinocultores de Santa Catarina e de São Paulo frente ao milho e ao farelo de soja aumentou nesta parcial de março em relação ao mês anterior. (…) apesar dessa reação, o cenário atual ainda é o pior para um mês de março em toda a série histórica, iniciada em 2004”, disse o Cepea em nota.

Os preços dos suínos subiram entre o fim de fevereiro e o início de março, mas as cotações do milho e do farelo também avançaram, dificultando as operações dos produtores independentes.

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil

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