NOTA DE REPÚDIO – IMAGEM FAKE MOSTRANDO AVIÃO ATACANDO INDÍGENAS

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG) e o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (IBRAVAG) manifestam de maneira veemente sua indignação com a manipulação feita em uma imagem publicada pelo senador Humberto Costa (PT/PE) em suas redes sociais, tirando de contexto a foto de um avião agrícola combatendo incêndio, para parecer que estava jogando agrotóxicos sobre uma aldeia indígena. Além de um ataque frontal e leviano ao trabalho do setor aeroagrícola na proteção de biomas e vidas humanas em incêndios que assolaram o Pantanal, o Cerrado nordestino e outras reservas pelo País, bem como de áreas de lavouras, a publicação também é um desserviço à própria discussão fundiária e sobre os direitos indígenas no Brasil.

No intuito de chocar a opinião pública e buscar atenção sobre si em um ano eleitoral, o parlamentar não hesitou em colocar, na vala-comum de quem comete crimes, milhares de cidadãos de bem – empresários, pilotos, técnicos, agrônomos e todo o pessoal administrativo e de apoio em operações em lavouras ou contra incêndios – que prestam um serviço de excelência reconhecido internacionalmente. Somente no ano passado, a aviação agrícola despejou cerca de 20 milhões de litros de água contra incêndios no brasil, em 11 mil ataques contra chamas, salvando reservas, casas, pessoas e animais, em mais de 4 mil horas voadas nesse tipo de operação, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste.

Além disso, nas lavouras a aviação representa a única ferramenta com regulamentação específica, atendendo a mais de 20 leis, normas e regulamentos diversos e, por isso mesmo, podendo ser amplamente fiscalizada pela União e Estados. É a ferramenta de maior precisão e rapidez no trato de lavouras, virtudes que muitas vezes são determinantes para a redução da quantidade de produtos necessários para os cuidados das plantas.

Por isso mesmo é de extrema leviandade reduzir um tema tão delicado e complexo quanto a questão fundiária a um discurso genérico sobre “o agronegócio contra os indígenas” – que, aliás, não serve para outra coisa que não pontuar pretensões políticas e gerar estigmas na sociedade. Bandidos são bandidos e é sobre os criminosos que deve recair a lei. De preferência da maneira mais severa possível. Não sobre cidadãos honestos que diariamente começam a trabalhar antes do sol raiar e só retornam para suas casas quando já é noite, na maioria das vezes sem finais de semana ou feriados, contribuindo com o que comem e vestem as pessoas nas cidades ou com o que produzem as indústrias.

Entendemos a importância do governo e da sociedade garantirem aos povos indígenas seu espaço, como brasileiros muito antes de nós. Não desmerecendo o fato de que todos os brasileiros hoje têm traços de todas as etnias em seu sangue e assim também constroem nosso País. Por isso, lamentamos que, enquanto as entidades aeroagrícolas e a maior parte das entidades rurais do Brasil se esforçam para qualificar ainda mais o setor e se aproximar da sociedade (ouvindo e melhorando sempre), especialmente no meio político o discurso ainda seja de divisão, inclusive distorcendo a realidade.

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