O cientista e pesquisador Jim Graham testemunhou a recente trajetória do parque citrícola da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, do apogeu ao declínio. Sua experiência pode auxiliar o Brasil a combater o greening, especialmente neste momento da citricultura paulista e mineira em que a incidência da doença é a mais alta desde sua identificação no país, em 2004.
De acordo com o cientista norte-americano, a Flórida errou ao optar, única e exclusivamente, por fazer o controle do psilídeo, inseto que transmite o greening. “Com isso, a doença se disseminou em poucos anos por todos os condados produtores de citros”, explica.
“Atualmente, não há controle eficiente do greening que não englobe no pacote de manejo a eliminação de árvores contaminadas”, argumenta Graham. “O controle rigoroso do psilídeo, a detecção precoce de plantas doentes, que depende de inspeções frequentes nos pomares, e a eliminação delas são as únicas estratégias que funcionam”, enfatiza.
Desde 2005, quando o greening foi identificado na Flórida, a área plantada com citros caiu 38% e a produtividade caiu 74%. Em 2001, a Flórida tinha 106 packing houses; em 2016, esse número diminuiu 75%. A última estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, da sigla em inglês) é que a safra 2021/22 seja de apenas 47 milhões.
Confira a entrevista completa: https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/revista_detalhes/revista-citricultor—edicao-56/75.
Fonte: FUNDECITRUS