A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) refutou na segunda-feira (24) a acusação da África do Sul que gerou a imposição de tarifa antidumping à carne de frango com osso brasileira a partir deste mês de janeiro.
“Conforme já comprovado por diversas vezes, os exportadores brasileiros não praticam dumping na África do Sul, tampouco nos mais de 140 países para os quais exporta e auxilia na segurança alimentar”, disse a ABPA em comunicado.
A África do Sul iniciou investigação sobre dumping da carne de frango proveniente do Brasil, Irlanda, Espanha, Polônia e Dinamarca em fevereiro do ano passado. A tarifa antidumping foi anunciada na semana passada e deve vigorar até junho.
“O governo brasileiro, a ABPA e as empresas exportadoras se manifestaram formalmente nos autos do processo no último dia 17 de janeiro e, neste momento, se está avaliando a estratégia a ser seguida a partir de agora”, disse a ABPA, acrescentando que o Brasil tomará todas as medidas necessárias nos foros locais e globais para rever a decisão sul-africana.
“Ao mesmo tempo, diante da longa e sólida relação comercial entre Brasil e África do Sul, a ABPA espera que as autoridades sul-africanas possam rever a decisão que impacta, diretamente, os consumidores daquele país em um momento difícil para a segurança alimentar global, em plena pandemia.”
Com a mais recente medida protecionista, a África do Sul aplica agora tarifa antidumping à carne de frango com osso de nove países, incluindo os Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Reino Unido, além do Brasil e dos outros quatro países europeus, segundo informações de relatório do Departamento da Agricultura dos EUA (USDA).
“As importações de carne de frango da África do Sul caíram 63% nos últimos três anos. O anúncio das recentes tarifas ameaça reduzir as importações ainda mais”, disse o USDA em relatório divulgada na quarta-feira (19).
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil