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SAA e Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente lançam Cartilha sobre Sistemas Agroflorestais com uso de espécies nativas

Elaborada por um Grupo de Trabalho formado por técnicos da SAA e da SIMA, do qual fazem parte especialistas do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS) da CATI/CDRS, a publicação está disponível para download e acesso gratuito no site da instituição: https://www.cdrs.sp.gov.br/portal/themes/unify/arquivos/produtos-e-servicos/acervo-tecnico/safcomnativavonlinefinal.pdf e via link: Sistemas Agroflorestais | Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade – CFB (infraestruturameioambiente.sp.gov.br)

“Sistema Agroflorestal, ou simplesmente SAF, é um método de cultivo que busca um melhor aproveitamento do espaço, integrando culturas agrícolas e florestais, exóticas ou nativas, e que, em virtude de suas características, é capaz de promover conservação aliada à produção”. Assim pode ser resumido o tema central da Cartilha Sistema Agroflorestais com Uso de Espécies Nativas lançada nesta semana, por meio de uma parceria entre as Secretarias de Agricultura e Abastecimento e de Infraestrutura e Meio Ambiente.

“Diferente de outros materiais disponíveis sobre o tema, os quais normalmente abordam apenas a parte técnica, com modelos e espécies indicadas para o sistema, nesta cartilha enfocamos os SAFs do ponto de vista legal. Por isso, a relevância da participação da extensão rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento na elaboração, para que os produtores rurais possam sanar suas dúvidas quanto à implementação de SAF em suas áreas”, explica Guaraci Belo de Oliveira, especialista ambiental do Centro de Programas de Uso Sustentável do DDS/CATI.

A inciativa da publicação foi do Grupo de Trabalho de apoio à implementação da Resolução SMA 189/2018 – que estabelece critérios e procedimentos para exploração sustentável de espécies nativas do Brasil no Estado de São Paulo -, que constatou um crescente interesse na implantação desses sistemas, mas que ainda encontra alguma resistência por conta da insegurança jurídica por parte de produtores, no manejo de suas áreas. Segundo Guaraci, a publicação procurou responder a algumas perguntas recorrentes, como: se plantar nativas, posso cortar depois? Posso fazer um SAF na Reserva Legal? Posso fazer um SAF na Área de Preservação Permanente (APP)? Posso fazer as podas?

“Com a cartilha foi possível organizar e reproduzir o conteúdo das normas que regem o tema em uma linguagem mais acessível ao produtor rural, demostrando que é possível desenvolver um SAF em diversas áreas do imóvel, apresentando os meios para sua regularização”, explica Guaraci, informando que, além dele, como representante da CATI, participaram da elaboração do conteúdo Andreia Brito de Maceno e Kenia Cristina Barbosa Silva.

Patrocinado pelo projeto Fapesp “2018/17044-4: Avaliação de crescimento e produção de espécies florestais nativas e culturas usando os modelos 3-PG e YieldSafe”, a cartilha ainda contou com o apoio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta)/SAA, do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e da ONG Capin. “Além de um texto abrangente, a publicação conta com belas ilustrações de Patrícia Yamamoto, para facilitar o entendimento do leitor”, complementa Guaraci, ressaltando que, em breve, a cartilha contará com uma versão impressa.

Cleusa Pinheiro

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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