As empresas JBS, Marfrig, Minerva e BRF avançaram no ranking de sustentabilidade Coller FAIRR Protein Producer Index 2021, que avaliou 60 companhias globais de proteína animal, segundo o estudo divulgado na quarta-feira (01).
O estudo considera dez indicadores de risco, entre os quais emissões de gases do efeito estufa, uso da água, desmatamento e bem-estar animal.
A Marfrig é a empresa brasileira com a melhor colocação no ranking e foi classificada como de baixo risco pelo segundo ano consecutivo.
“A posição da Marfrig no ranking da FAIRR mostra que os nossos esforços são efetivos e trazem resultados para todos os nossos stakeholders”, disse o diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, Paulo Pianez, em nota divulgada pela empresa.
“Mas sabemos que estamos em um processo contínuo e crescente, cuja meta é aliar produção sustentável e desenvolvimento da agropecuária. Nosso trabalho cotidiano é para avançar permanentemente.”
A JBS e a Minerva receberam a classificação de médio risco para questões de sustentabilidade. A BRF ficou no limiar entre médio e baixo risco.
A JBS disse em comunicado que sua pontuação no ranking tem evoluído consistentemente a cada ano, partindo de 38% em 2018 para 39% em 2019, 51% em 2020 e 57% em 2021.
“A evolução da nota da JBS ano após ano reflete a prioridade que as questões ESG vêm recebendo na companhia. A sustentabilidade, definitivamente, passou a ser a nossa estratégia de negócios”, disse o diretor de Sustentabilidade da JBS, Márcio Nappo.
“Neste ano assumimos o compromisso de ser net zero até 2040, e estamos focados em ações para reduzir emissões em toda a nossa cadeia de valor. Muitos desses desafios são setoriais, por isto é importante também ver a melhora das demais empresas.”
Ações contra o desmatamento
O estudo também mostra que entre as 22 companhias globais de proteína animal avaliadas por desmatamento relacionado à produção de gado, quatro têm metas para atingir desmatamento zero de 100% da cadeia produtiva: JBS, Marfrig, Minerva e a norte-americana Tyson.
“As processadoras brasileiras de carne bovina finalmente responderam ao escrutínio crescente do mercado com compromissos mais substanciais e investimentos para tratar do desmatamento vinculado à produção de gado; entretanto, seus desempenhos continuam desequilibrados”, disse o relatório.
“Nenhum produtor de carne bovina no Brasil tem capacidade de rastrear totalmente todo o ciclo de vida do seu gado, o que significa que a lavagem [sic!] de gado é prevalente.”
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil