A Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, realizou uma ação em Presidente Prudente, após denúncia de uma empresa de Jundiaí, que alegou que seu número de registro do produto e o seu selo SISP (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal) estavam sendo utilizados de forma irregular.
A equipe da Defesa Agropecuária foi até o local onde os rótulos eram fraudados e aprendeu mais de 90 peças de linguiça e mais de 40 peças de cortes suínos, todos sem origem de produção constatada. Por meio das investigações da equipe no local, foi descoberto um endereço que levava até uma cooperativa.
Ao irem até o local da cooperativa, acompanhados da Polícia Civil e do GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Militar, os técnicos se depararam com um entreposto clandestino onde haviam diversos equipamentos para produção de linguiças, cortes e desossa. Ao abrir as duas câmaras frias do local foram descobertas mais de duas toneladas de linguiça com o selo SISP falsificado, além de cortes de produtos de valor agregado, como cortes premium de carnes bovinas.
Ao adentrar o escritório do local clandestino, foi descoberta uma sala de rotulagem que imprimia etiquetas com o Selo de Inspeção Federal (SIF). Com isso, a Polícia Federal foi acionada. No dia seguinte a Polícia Federal localizou o proprietário legítimo do selo SIF em Santa Cruz do Rio Pardo. Com ele foi verificado que a produção dos cortes e dos selos não era autorizada.
No total, onde a operação clandestina acontecia, foram aprendidas 10 toneladas de carne. Além disso, a Polícia Federal aprendeu equipamentos de rotulagem, computadores e celulares, sendo que nenhum responsável foi localizado, pois todos se evadiram do local antes da chegada das equipes. Agora, o destino da mercadoria será um que não seja o consumo humano.
Por Murilo Tomaz
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo