Ao mesmo tempo em que apresentou características totalmente diferentes daquelas observadas em meses anteriores, a semana que passou – quinta e última de julho, 30ª de 2021 – deu excelente prévia do que será este mês de agosto para o frango abatido. Pois, em vez do esfriamento do mercado, como é normal a cada novo final de mês, ocorreu forte aquecimento das vendas e, por decorrência, o retorno dos preços a, praticamente, o pico registrado em meados de julho.
Naturalmente, nada a ver com a fortíssima onda de frio que afetou o País na semana que passou. Influência, somente, do final das férias a que parte da população ainda teve acesso e, sobretudo, preparação para um mês bem mais normal que os passados com, inclusive, retorno às aulas e à merenda escolar.
Comparando, enquanto em junho a cotação registrada no final do período ficou quase 3,5% abaixo da registrada no pico de preços do mês, em julho a diferença caiu para 0,2% – apenas 2 (dois) centavos a menos e – o que parece ser inédito para um final de mês – o segundo maior valor nominal da história do setor (o recorde histórico – R$7,25/kg – foi registrado nos negócios dos dias 16 e 19 de julho).
É verdade – e não se pode esquecer – que também atuou para esse desempenho a administração da oferta pelos abatedouros. Ou seja: acorreu-se menos ao mercado independente e, por isso, as disponibilidades do frango abatido na última semana do mês estiveram mais ajustadas, portanto, mais negociáveis.
Ainda assim, a demanda menor pelo produto independente não alterou as condições do mercado de aves vivas que, embora operando com a mesma cotação – R$6,00/kg – há mais de duas semanas, permanece ajustado, sem excedentes na oferta.
Isso abre terreno neste mês, para novas correções no preço do frango vivo, mesmo porque o abatido tende, ainda nesta semana, a superar os recorde mais recentes. Assim, novos recordes devem vir para os dois segmentos, propiciando o essencial para comemorar efusivamente, no final de agosto, o Dia do Avicultor.
Fonte: AviSite