DESTAQUES DO DIA

APTA Regional orienta sobre cuidados com seringais após geadas

A ocorrência de geadas e frio intenso em diversas regiões paulistas entre julho e agosto deste ano trouxe alguns prejuízos para determinadas culturas agrícolas. O cultivo de seringueira também foi impactado de acordo com os pesquisadores Elaine Cristine Piffer Gonçalves, da APTA Regional de Colina, instituição ligada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e Edson Luiz Furtado, pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp – Botucatu). Após as geadas, eles verificaram diferentes danos nos seringais como queima, queda de folhas, além de lesões nas folhas e ramos semelhantes a queima pelo fogo ou desidratação muito rápida dos tecidos, morte celular nos ramos em seringais adultos em produção, além de morte de plantas, observadas em plantios de até três anos.

De acordo com os pesquisadores, em áreas atingidas podem ter ocorrido queda de 10 a 30% na produção de látex, o semelhante a um ataque forte de antracnose na copa. O diagnóstico da severidade dos danos começa a ser observados depois de dois a três dias da ocorrência da geada. Para isso, o produtor precisa utilizar um canivete ou ferramenta pontiaguda para furar os ramos, galhos e troncos das plantas atingidas para verificar como está o fluxo de látex nestas regiões.

“Se o fluxo estiver normal, estas plantas só perderam as folhas e certamente irão rebrotar. Caso em pontos específicos de ramos e galhos não haja presença de látex, provavelmente estas regiões foram comprometidas e recomenda-se a poda destas áreas e aplicação de uma pasta fungicida para evitar a entrada de fungos nos locais da poda. Plantas mais novas, com até três anos de idade, ou replantios, correm o risco de secamento e morte por completo”, alerta Elaine.

Em seringais mais velhos, logo após a geada, foram observadas rachaduras nos troncos e exsudação (transpiração) de látex. “Nestes casos, recomenda-se a paralisação da sangria e ou estimulações, e que se faça o pincelamento destas áreas e troncos com pasta fungicida produzida com um litro de tinta látex branco, um litro de água, 10 g de cerconil e 10 g de cobre”, orienta Furtado.

Prevenção

Os pesquisadores explicam que existem medidas preventivas para combate a geadas como a construção de nebulizadores para a queima de serragem úmida, irrigação por aspersão e outros, porém, estas práticas são indicadas para pequenas propriedades e necessitam de grande quantidade de mão de obra e o custo é relativamente alto. Há ainda risco de cair brasas nas folhas secas que caem nesta época do ano dentro dos seringais e pegar fogo na plantação.

“Após a geada, em regiões úmidas, se houver chuvas durante a rebrota das plantas é recomendado que se faça uma pulverização preventiva nas áreas afetadas para evitar a entrada de fungos e nesta mesma pulverização adicionar adubos foliares visando ajudar no reenfolhamento e restabelecimento das plantas. Em caso de dúvidas, os produtores podem consultar engenheiros agrônomos na casa da Agricultura local”, orienta a pesquisadora da APTA.

Por Fernanda Domiciano/APTA

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
WhatsApp
Telegram

APTA Regional orienta sobre cuidados com seringais após geadas

error: Conteúdo protegido!