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Maçã e gergelim brasileiros avançam no mercado indiano

Foto: iStock/Mapa

As importações globais indianas tem crescido, havendo ainda espaço para o Brasil aumentar ainda mais suas vendas para a o país asiático nos próximos anos

AÍndia se tornou o maior destino para a maçã brasileira, e o gergelim, que teve o mercado aberto no ano passado, já tem no país sul asiático o principal importador. 

A Índia apresentou um expressivo aumento das importações de maçã embarcadas, principalmente, dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No período de janeiro a junho, as exportações para aquele país oriental foram de US$ 19,03 milhões, quase quatro vezes mais que o exportado no mesmo período de 2020 (US$ 4,9 milhões). Este valor representa 27% das vendas nacionais da fruta. Um total de 23,4 mil toneladas de maçã foram exportadas para a Índia de janeiro a junho. 

“O potencial de aumento das importações do agro brasileiro pela Índia é expressivo. Por isso, é importante incentivar a participação do setor privado em ações de promoção comercial no país asiático”, avalia Jean Marcel Fernandes, diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério da Agricultura. 

As importações globais indianas tem crescido havendo ainda espaço para o Brasil aumentar ainda mais suas vendas para a Índia nos próximos anos. A população da índia chega perto de 1,3 bilhão, de acordo com a estatística do Banco Mundial (2019).

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Gergelim

O Brasil obteve a autorização para exportar gergelim para a Índia em janeiro do ano passado, sendo que os primeiros carregamentos começaram a chegar no segundo semestre, tendo finalizado o ano com cerca de US$ 17 milhões de exportação do produto, mostrando o alto potencial desse mercado para o Brasil. 

Em 2021, as exportações já somam até junho cerca de US$ 4 milhões, mas as vendas se concentram no segundo semestre, após a colheita da safrinha. 

O gergelim é cultivado, principalmente, no Mato Grosso, onde se tornou uma importante opção para a safrinha após a colheita da soja.

A Índia é um grande produtor e exportador de gergelim, no entanto, importa o produto para processamento durante a entressafra.  

Frutas brasileiras no mundo

O Brasil também está aumentando a exportação de outros tipos de frutas para diversos países. Cerca de 81% do total de US$ 1 bilhão em exportações das frutas nacionais em 2020 tiveram como destino a União Europeia (51,4%), os Estados Unidos (14,7%) e o Reino Unido (14,6%). 

“O Brasil é grande produtor de frutas, mas ainda exporta pouco. Por isso, precisamos promover o setor.”, afirma Fernandes. 

Com o câmbio favorável e a busca por alimentos saudáveis, exportadores de frutas pretendem faturar 15% mais com vendas externas até o fim do ano, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). Parte da meta, US$ 510 milhões, já foi obtida no primeiro semestre.

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com 45 milhões de toneladas por ano. O setor emprega 5 milhões de pessoas.

Os principais exportadores mundiais de frutas em 2020 foram os Estados Unidos, com US$ 15,9 bilhões e 13,6% de participação; China, com US$ 9,2 bilhões e 7,9%; União Europeia, com US$ 8,4 bilhões e 7,2%; México, com US$ 7,1 bilhões e 6,1%, e Chile, com US$ 6,1 bilhões e 5,2%. O Brasil ficou na 26ª colocação, com market share de 0,9%.

Em 2020, as principais frutas exportadas pelo Brasil foram: mangas, com US$ 247,4 milhões e 24,6% do total exportado no período; melões, com US$ 147,9 milhões e 14,7% de participação; nozes e castanhas, com US$ 126,9 milhões e 12,6%; uvas, com US$ 109,1 milhões e 10,8%; e limões e limas, com US$ 102,2 milhões e 10,1% de participação.

Segundo a SCRI/Mapa, a tendência é que se destaquem as frutas nas quais o Brasil tem maior competitividade internacional, como mangas, melões, castanhas, uvas e limões e limas.

Entre 2016 e 2020, a taxa de crescimento médio anual das exportações mundiais de frutas foi de aproximadamente 4%. Se o Brasil replicar essa taxa nos próximos anos, registrará ganhos anuais próximos a US$ 40 milhões.

Fonte: MAPA

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