Os preços de cortes da carne de frango no mercado doméstico têm atingido recordes nominais, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em nota na sexta-feira (16).

A alta nos preços é impactada pelo aumento nos custos de produção, diante da valorização dos grãos, que eleva os preços do frango vivo. A demanda firme pela carne de frango também influencia a alta dos preços.

“No mercado da proteína, a competitividade elevada do produto na comparação com as substitutas bovina e suína e o repasse das valorizações do animal mantêm os preços da carne firmes”, disse o Cepea.

“Já no mercado de cortes e miúdos, as altas mais intensas foram registradas para os produtos mais voltados ao mercado interno como filé, peito e coxa com sobrecoxa.”

O preço do frango resfriado no estado de São Paulo subiu 4,21% neste mês, até o dia 16, a R$ 7,67/quilo. O frango congelado tem alta de 4,29% em julho, a R$ 7,53/kg.

No caso da carne suína, o aumento nas vendas no atacado doméstico tem elevado a procura dos frigoríficos por lotes de animais vivos para abate.

Mas no mercado de cortes, nem todos os produtos se valorizaram porque os frigoríficos não conseguem sempre repassar aumentos dos preços do vivo à carne devido à pressão exercida pelo baixo poder de compra da população, segundo o Cepea.

A carcaça suína na Grande São Paulo acumula queda de 5,37% em julho, a R$ 9,52/kg.

Por Ana Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil