Dados do Alerta Fitossanitário do Fundecitrus demonstram crescimento da população do psilídeo Diaphorina citri, inseto transmissor das bactérias causadoras do greening, no cinturão citrícola nos últimos anos. Para reverter a situação, o manejo deve ser ainda mais rigoroso neste momento.
Embora o pico populacional ocorra nos meses de agosto, setembro e outubro, com alternância entre anos mais favoráveis e outros menos favoráveis – sendo 2019 o último registro de relativa estabilidade –, desde 2020 tem sido observado aumento significativo da população do inseto nas áreas com e sem manejo.
As principais causas são as condições propícias para reprodução e dispersão do psilídeo nos últimos anos. Com o aumento de brotações desde 2020, o inseto consegue se reproduzir com maior frequência, visto os brotos serem o seu local preferido de oviposição e alimentação. Além disso, as altas temperaturas e baixa umidade registradas favorecem sua dispersão.
Outros pontos que também podem ter influenciado esse aumento populacional são a pandemia de covid-19, que afetou atividades operacionais que impactaram o controle do psilídeo, o crescimento de pomares abandonados e o manejo inadequado, com frequência insuficiente de pulverizações, rotação ausente ou inadequada de inseticidas com diferentes modos de ação e também baixo índice de erradicação de plantas doentes.
Para reverter esse quadro, é necessário rigoroso controle do inseto dentro e fora das propriedades. O Fundecitrus realizou webinar sobre o assunto, trazendo informações mais detalhadas e recomendações para o manejo – o vídeo está disponível no canal do Youtube da instituição: https://www.youtube.com/watch?v=j1cFaLEKOX0.
Fonte: Fundecitrus