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Desempenho do frango vivo em maio e nos cinco primeiros meses de 2021

O frango vivo obteve, em maio, a melhor remuneração de todos os tempos, tanto em valor nominal como real, desempenho decorrente da conjunção, em um mesmo momento, de três fatores favoráveis distintos – pagamento de salários do mês, comemoração do Dia das Mães e liberação de nova parcela do auxílio emergencial.

Porém, toda a valorização obtida no período – de 10,73% em relação ao mês anterior, abril de 2021 – ficou limitada aos três primeiros dias de negócios de maio, ocasião em que ocorreram dois reajustes de R$0,10/kg cada e a cotação alcançou a marca, inédita, de R$5,30/kg. Ou seja: em 88% do mês (considerando os 26 dias de negociações de maio) o máximo alcançado ficou inalterado.

A estabilidade, porém, não reflete as nuances de mercado ocorridas no decorrer de todo o mês: firme, no primeiro decêndio; calmo no segundo; fraco no decêndio final (mas com perspectivas de reversão no final de maio). Um comportamento definido pelo frango abatido, cujo desempenho se revelou sustentável apenas nos primeiros dez dias do mês, desvalorizando-se continuamente no restante do período.

Sob tal panorama, seria natural contar com a queda de preços, também, do frango vivo. Mas uma vez que isso não ocorreu (como de praxe, apenas negócios pontuais sofreram descontos em relação à cotação vigente) é de se supor que a oferta pelos produtores independentes vem sendo limitada, situação que se coaduna com os altos custos enfrentados pelo setor e força um absoluto controle da produção.

Em função do melhor desempenho neste ano, mas em decorrência, sobretudo, dos baixos preços de um ano atrás (quando apenas começavam a ser sentidos os primeiros efeitos de uma redução de oferta imposta pela pandemia), a variação anual de preço do frango vivo supera os 75%. Doravante, porém, a tendência é de redução desse índice pois, como mostra o gráfico abaixo, à esquerda, a recuperação de preços a partir de junho de 2020 (e até novembro) foi contínua.

Já a média alcançada nos cinco primeiros meses de 2021 chega aos R$4,70/kg, valor cerca de 28% superior à média dos 12 meses de 2020. Mas em comparação aos mesmos cinco meses do ano passado (o mais afetado pela primeira onda da pandemia), o índice de valorização sobe para 50%.

Cabe observar, aqui, que esse índice recua para 45% ao se tomar como base de comparação o preço médio dos cinco primeiros meses de 2019 (ou seja, em 2020 o resultado foi negativo em relação a idêntico período anterior). E, neste caso, ressalta o fato de que, em idêntico período, o custo de produção do frango (levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves relativo a abril/21) aumentou quase 75%.

Fonte: AviSite

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Desempenho do frango vivo em maio e nos cinco primeiros meses de 2021

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