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Defesa Agropecuária conclui processo sobre ocorrência de mortalidade de abelhas na região de Ribeirão Preto

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária concluiu o processo sobre a ocorrência de mortalidade de abelhas ocorrida no mês de janeiro no município de Jardinópolis, na região do Escritório de Defesa Agropecuária de Ribeirão Preto.

O resultado da análise do Laboratório de Ecologia dos Agroquímicos do Instituto Biológico demonstrou que na amostra de abelhas mortas foi detectado o ingrediente ativo Lambdacialotrina, um indicativo de relação de causa e efeito, visto que a amostra de abelhas vivas não apresentou resíduos desse ingrediente ativo.

Durante o atendimento à ocorrência realizado pela a médica veterinária Lucila Fernandes Chaves e o engenheiro agrônomo Juarez Henrique Fiorelli, além da colheita de material para análise foi realizada a inspeção do local. “Através da inspeção do local da ocorrência é possível descartar a mortalidade por doenças ou síndromes”, disse a médica veterinária.

Com a informação de o apicultor ter visto pulverização aérea sendo realizada no local, foi realizada a inspeção em um raio de ação que resultou na notificação de três propriedades vizinhas. Os documentos apresentados foram analisados pelos engenheiros agrônomos Juarez Henrique Fiorelli, Fausto Antonio Kujavo e Edilson José Cavallini e em uma das propriedades foi constatado que a aplicação aérea em alguns dos talhões se deu a uma distância de mananciais de água e vegetação suscetíveis a danos, inferior ao estabelecido na recomendação da bula do produto, infringindo assim a Lei Federal 7802/89.

Na análise são avaliados itens como presença de receituário agronômico, armazenamento do produto, nota fiscal de origem, indicação de uso para a cultura em questão e se o produto é indicado para pulverização aérea. A empresa de pulverização aérea deve ser cadastrada junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária e apresentar o plano de voo com relatório operacional da aplicação para verificar se as condições ambientais no momento da aplicação estavam de acordo com a recomendação do fabricante.

Notificação de mortalidade

A identificação dos princípios ativos responsáveis pelas mortalidades, aliada à eficiência da equipe de campo vem estimulando o produtor a notificar as ocorrências. “Em 2020 atendemos 22 notificações relacionadas a abelhas, sendo quatro suspeitas de enfermidades e 18 suspeitas de mortalidade por intoxicação. Dos 18 atendimentos, em 07 casos foi possível identificar resíduo de defensivos, sendo os princípios ativos encontrados Fipronil e Cipermetrina”, disse a médica veterinária da Secretaria Maria Carolina Guido, responsável junto à Defesa Agropecuária pelo Programa Estadual de Sanidade das Abelhas (PESAb).

Caso ocorra mortalidade de abelhas, o produtor deve notificá-la através do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-SISBRAVET) em  https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/sisbravet/ .  A demora na notificação pode inviabilizar a identificação do resíduo causador, pois logo após a aplicação já começa a degradação do defensivo. O recomendado é que a colheita das amostras seja feita no prazo máximo de 24 horas após a identificação da mortalidade.

Por Paloma Minke

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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