Olá amigo da seringueira!
Semana de leve recuperação na TSR, queda no dólar, importantes reuniões internacionais e recuperação lenta na importação nacional.
Nesta semana a TSR mostrou ânimo e teve leve recuperação terminando o período cotada a USD1,65 o kg do contrato front month em Singapura.
O dólar por aqui pelo contrário regrediu fechando a semana a R$5,47.
Esta combinação está levando a projeção da referência GEB-10 JUN e JUL a R$10,34 uma leve queda de -1,94% frente aos atuais R$10,54 válidos agora para ABR e MAI.
Na semana destaque para importantes reuniões internacionais que balançaram o setor da borracha natural e onde a conversa foi uma só: a sensação de escassez no mercado global da borracha e as projeções contínuas de aumento de preços para os próximos anos.
A primeira reunião foi nesta quinta-feira. Organizada pela CONFEDERACIÓN CAUCHERA COLOMBIANA a 4TA TERTULIA CAUCHERA 2021 teve como título: PERSPECTIVAS A LARGO PLAZO DEL MERCADO DEL CAUCHO NATURAL. Tomou a palavra o Dr. Francisco Ralda que nos brindou com uma bela apresentação de como a oferta de borracha nos próximos anos seguirá perdendo em ritmo para a demanda, chegando ao final da década a bater o preço internacional em impressionantes USD3,00.
Na segunda reunião da semana, direto de Singapura, o secretário geral do IRSG Salvatore Pinizotto comandou um encontro de quase 6 horas com apresentações de grandes especialistas de todo o mundo e participação de líderes de importantes associações mundiais como a de Fabricantes de Pneus da Europa, Índia e institutos de pesquisa como o CIRAD e o IRRDB.
Destaque também na reunião para as previsões de alta demanda nos próximos anos e uma preocupação em especial com a Sustentabilidade da produção que será estimulada por toda esta demanda. Com preços em alta a pergunta da indústria segue sendo: como vamos poder garantir o fornecimento de borracha natural e em especial: borracha natural de qualidade e sustentável.
A resposta não é simples mas o modelo Brasileiro certamente tem muito a ensinar para nossos colegas asiáticos.
E por falar em Brasil, destaque para os números de importação que apesar de estarem melhorando com totais 52 mil toneladas neste primeiro trimestre de 2021 (frente a 43 mil toneladas no mesmo período no ano passado) ainda estão progredindo lentamente sobretudo divido a escassez de borracha mundial e os problemas logísticos que estão dificultado e encarecendo a chegada do produto asiático nos portos por aqui.
Esta situação joga luz na importante discussão sobre o desabastecimento de mudas no Estado de São Paulo, destravar o plantio no maior estado produtor do Brasil é uma dentre importantes estratégias para colaborarmos estruturalmente para o problema de escassez de borracha no mundo que daqui para o final desta década, só tende a piorar. Agora com a palavra, a secretaria de agricultura do Estado de São Paulo.
Diogo Esperante
Diretor Executivo da APABOR para o Jornal Campo Aberto
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