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Brasil tem cerca de 1,5 mil drones operando em lavouras, contra 100 mil na China

Drone SkyAgri – Foto Castor Becker Júnior

Enquanto na Ásia a ferramenta entrou como tecnologia principal a maior parte dos agricultores, aqui seu desenvolvimento é mais racional e setor segue na expectativa pela publicação da norma do Mapa sobre o uso de aeronaves remotas no trato de lavouras

Segundo a análise publicada na sexta-feira (5) pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), a China teria iniciado 2021 com cerca de 100 mil drones agrícolas em operação no País. Equipamentos que, por lá, estariam operando sobre o equivalente a pelo menos 81% de toda a área cultivada no Brasil.

Ao mesmo tempo em que o Brasil, com cerca de 1,5 mil drones operando na agricultura, deve ter publicada em abril a regulamentação do Ministério da Agricultura para o uso das chamadas aeronaves remotamente tripuladas (ARP) no trato de lavouras. Construída ouvindo o setor aeroagrícola, a própria indústria de drones e outros segmentos do setor produtivo, o regramento deve colocar os equipamentos remotos como um segmento da aviação agrícola – por sua vez o único para o trato de lavouras com regulamentação específica no País.

Drone da VOA Holdings Co

O especial Drones: China, Brasil e as tendências do mercado foi elaborada a partir de material da agência de notícias estatal chinesa Xinhua, Agência de Aviação Civil da China, consultoria Ipsos, Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac) e outas fontes, além de especialistas do setor.

A conclusão é de que, apesar de já haver inclusive empresas convertendo helicópteros e drones para o trabalho em lavouras (e demonstrando interesse no Brasil), a ferramenta remota deve permanecer por aqui como complemento da aviação e substituição principalmente aos pulverizadores costais. Além disso, o desenvolvimento dos drones na agricultura no Brasil segue uma racionalidade nas aplicações que não é a regra nos países asiáticos – onde o uso da ferramenta explodiu como substituição ao trabalho manual para pequenos agricultores.

Por outro lado, enquanto na China as aeronaves remotas contam com subsídios estatais desde 2014, por aqui os fabricantes lamentam a inexistência de uma política para desenvolver o setor. Atualmente, todo o equipamento é importado da China (que detém 70% do mercado mundial), embora as empresas brasileiras façam aqui toda a programação de acordo com a realidade da agricultura local e as regras do País. Para os fabricantes, o maior acesso dos produtores a essa tecnologia esbarra na carga tributária e na falta de incentivos para a indústria daqui produzir seus próprios componentes.

A análise completa pode ser conferida em:
https://sindag.org.br/noticias_sindag/especial-drones-china-brasil-e-as-tendencias-do-mercado/

Fonte: SINDAG

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