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Ataques por moscas-das-frutas e bicho-furão: período é favorável e produtores devem ter atenção ao monitoramento e manejo

Os meses de março e abril são altamente favoráveis à incidência de moscas-das-frutas e bicho-furão nos pomares, pragas que causam danos diretos aos frutos, provocando apodrecimento e queda, deixando-os inviáveis tanto para o consumo in natura quanto para a indústria.

Alguns casos já vêm sendo observados pelo cinturão citrícola, como no setor sul, em Aguaí (SP), e no setor norte, em Itajobi (SP) e Franca (SP). De acordo com os dados de queda de frutos do Fundecitrus, na safra 2019/20, foram perdidas 20,14 milhões de caixas de laranja devido ao ataque dessas duas pragas, número próximo às perdas de produção causadas pelo greening.

Segundo o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Luis Scandelai, para evitar prejuízos, é importante realizar o monitoramento precoce de ambas as pragas para que as tomadas de decisões ocorram enquanto as populações ainda estão baixas, permitindo a adoção de táticas de manejo antes que provoquem danos econômicos.

“No caso das moscas-das-frutas, o monitoramento é feito pela captura dos insetos adultos utilizando-se de armadilhas, como o modelo McPhail contendo atrativo alimentar, podendo ser usado tanto para Anastrepha fraterculus quanto para Ceratitis capitata. Já o atrativo sexual utilizado conjuntamente com armadilhas Jackson pode ser empregado especificamente para o monitoramento de adultos de Ceratitis capitata”, explica. “Já para o monitoramento do bicho-furão, utiliza-se o feromônio sexual sintético liberado em pastilhas [Ferocitrus] inseridas no piso interno de armadilhas delta, que atraem os machos”, completa.

Manejo das pragas

Após a realização do monitoramento das pragas é importante contabilizar as capturas e verificar os níveis de ação para cada uma:

Moscas-das-frutas

  • Modelo McPhail: uma mosca/frasco/dia;
  • Modelo Jackson: dois machos (Ceratitis capitata)/armadilha/dia.

O controle é realizado com o uso de inseticidas adicionados a atrativos alimentares, como, por exemplo, proteínas hidrolisadas (de 3 a 5%), aplicadas em ruas alternadas, em parte da copa, com intervalos de sete a 10 dias.

Bicho-Furão

  • Nove ou mais machos por semana (Controle imediato);
  • Seis a oito machos por semana (Controlar se o índice se repetir por duas semanas consecutivas);
  • Até cinco machos por semana (Não controlar, porém continuar o monitoramento semanal).

O histórico da incidência de bicho-furão no talhão e o estágio de desenvolvimento dos frutos devem ser levados em consideração, o que pode alterar os níveis de ação. O manejo químico é o mais eficiente e podem ser utilizados inseticidas, reguladores de crescimento e produtos biológicos, além da associação entre eles. “É recomendável a adoção de práticas culturais para mitigação dos danos, como catação e destruição de frutos caídos, antecipação da colheita e colheita de frutos temporãos”, diz Scandelai.

Para saber mais detalhes sobre as duas pragas e como combatê-las, confira os links a seguir:

Manual de moscas-das-frutas: https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/manual_detalhes/mosca-das-frutas/86

Manual de bicho-furão: https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/manual_detalhes/bicho-furao/76

Minuto da citricultura “Como executar o controle e o monitoramento da mosca-das-frutas”: https://www.youtube.com/watch?v=mnQVxJuC4Ys&t=15s

Minuto da citricultura “Como prevenir ataque de bicho-furão”: https://www.youtube.com/watch?v=ui3YXpaYEaY

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Fonte: Fundecitrus

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