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Os preços do leite ao produtor caíram no pagamento realizado em janeiro/21, que remunera a produção entregue em dezembro do ano passado.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, considerando a média ponderada dos dezoito estados pesquisados, o recuo foi de 2,0% na comparação mensal.
Apesar da queda, o patamar está bem acima do registrado em janeiro do ano passado.
Os recuos foram devido a oferta crescente de matéria-prima (leite cru) em importantes estados produtores no Sul e Sudeste do país.
O volume captado (média nacional) aumentou 4,9% em dezembro/20, segundo o Índice Scot Consultoria de Captação.
Somada a oferta maior, a demanda interna está patinando. Além do menor consumo de lácteos, típico do período de início do ano, após as festas, com as férias e contas a pagar, o fim do auxílio emergencial pesou negativamente sobre a demanda interna de maneira geral.
Houve pressão de baixa sobre os preços dos lácteos no atacado e caíram no varejo em janeiro/21, frente ao fechamento do mês anterior.
O cenário foi de alta em praticamente todos os estados pesquisados no pagamento realizado em janeiro/21, com exceção do Maranhão, onde os preços aos produtores ficaram estáveis, e em Pernambuco, onde houve ligeira (0,1%).
Para o pagamento a ser realizado em fevereiro /21 (produção entregue em janeiro/21), o viés é de manutenção a queda nos preços do leite pago ao produtor.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, 50% dos laticínios acreditam em estabilidade no preço do leite ao produtor, 39% das indústrias apontam para queda e 11% falam em alta para o produtor.
No Sul e Sudeste, espera-se uma pressão de baixa maior no próximo pagamento, com mais da metade dos laticínios apontando para queda no preço ao produtor.
A preocupação maior é com relação ao consumo doméstico, que deverá seguir fraco em curto e médio prazos, com o fim do auxílio emergencial. As medidas mais restritivas contra o covid-19 também deverão impactar a demanda interna nos próximos meses.
Fonte: Scot Consultoria