Os contratos futuros do açúcar ultrapassaram a casa dos 17,50 centavos de dólar por libra-peso nesta quinta-feira (18) na ICE de Nova York. O valor é o maior em quase 4 anos e foi sustentado pelo aperto na oferta e pela alta dos preços da energia.
O vencimento março/21 do açúcar bruto foi negociado em 17,51 cts/lb, 3% a mais do que os preços praticados na véspera. Durante a sessão desta quinta, a commodity chegou a bater 17,54 cts/lb, maior patamar desde março de 2017.
Operadores disseram à Reuters que o aperto no mercado físico deve seguir dando suporte ao açúcar no curto prazo, com traders concluindo a venda do primeiro contrato e consumidores finais ainda ocupados comprando.
“Um corretor nos Estados Unidos também citou os preços mais altos no setor de energia como favoráveis, já que podem ajudar a transferir parte da cana-de-açúcar para a fabricação de etanol“, destacou a Reuters.
Ontem, o grupo de commodities Czarnikow disse esperar que o consumo global de açúcar retorne aos níveis de 2019 neste ano, à medida que a economia global se recupera da pandemia de coronavírus.
Em Londres o açúcar branco também fechou em alta ontem, negociado em US$ 473,20 a tonelada, 1,90% a mais do que os preços praticados na véspera. Durante a sessão desta quinta-feira a commodity chegou a bater 473,70 dólares/tonelada no vencimento maio/21.
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal também fechou em alta nesta quinta-feira (18) pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem em R$ 107,32, variação positiva de 1,23% no comparativo com os preços praticados no dia anterior.
Etanol diário
Já o etanolhidratado subiu 100 Reais o metro cúbico pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, as usinas comercializaram o biocombustível a R$ 2.624,00 o m³, contra R$ 2.524,00 o m³ da véspera, alta de 3,96% no comparativo entre as datas.
Rogério Mian
Fonte: Udop