Com exportações de US$201,788 bilhões em 2010 e de US$209,817 bilhões em 2020, a pauta cambial brasileira encerrou a segunda década do corrente século com evolução de menos de 4% sobre o final da década anterior.
Mas o desempenho da carne de frango – considerado apenas o produto in natura, que tem respondido por cerca de 95% das exportações totais da carne de frango – esteve muito aquém, pois recuou de US$5,789 bilhões em 2010 para US$5,555 bilhões no ano passado, queda que supera os 4%.
Naturalmente, isso implica em perda de posições na pauta cambial. Quinto principal produto exportado pelo País em 2010, cinco anos depois a carne de frango ascendeu à quarta posição, melhor colocação registrada na última década.
Porém, ainda que a receita cambial daquele ano tenha aumentado quase 8% em relação a 2010, o acesso à nova posição só ocorreu porque, frente a um recuo anual de quase 10% na receita cambial do frango, a receita global das exportações retrocedeu mais – perto de 15% naquele exercício.
Porém, a partir da segunda metade da década, as posições ocupadas pela carne de frango começaram a ser rebaixadas. O produto retornou ao quinto lugar em 2016, caiu para a sexta posição em 2017 e 2018, para a sétima em 2019 e encerrou a década na nona posição, isto é, já quase não fazendo parte do grupo dos 10 principais produtos exportados pelo Brasil.
Em decorrência, a participação da carne de frango na pauta cambial – de 2,87% em 2010, mas chegando a 3,26% em 2015 – correspondeu em 2020 a apenas 2,65%do total, ou seja, sofreu redução de quase 8% sobre 2010 e de quase 20% em relação ao melhor resultado da década.
Fonte: AviSite