Os números consolidados da SECEX/ME abrangendo os quatro principais itens exportados – frango inteiro, seus cortes, industrializados e carne salgada – apontam, para 2020, o embarque de cerca de 4,125 milhões de toneladas de carne de frango, volume 1,19% inferior aos (quase) 4,175 milhões de toneladas de 2019.
Pela tabela abaixo é natural concluir que o recuo foi ocasionado pela pandemia da Covid-19, declarada em meados do primeiro trimestre. Mesmo assim, o retrocesso foi irrisório: apenas 50 mil toneladas a menos que no ano anterior. Ou seja: o tom do que teria sido 2020 sem a pandemia foi dado pelos resultados do primeiro trimestre do ano ou, especialmente, do bimestre janeiro/fevereiro, ocasião em que os embarques aumentaram mais de 10% em relação ao mesmo período de 2019.
Mas após o reconhecimento do estado pandêmico e a generalização das medidas de isolamento social, com todos os seus desdobramentos, o retrocesso foi contínuo. E embora a expansão tenha ficado restrita ao primeiro trimestre do ano, o primeiro semestre foi encerrado com pequeno aumento ( 1,1%), desempenho que não se repetiu no segundo semestre (-3,37%) e levou à redução anual de 1,19%.
Mais significativa foi a queda na receita: redução de pouco mais de 14%. Aqui, porém, é preciso lembrar que o dólar registrou, no ano, valorização em torno de 30%. E, isso considerado, a receita cambial em moeda brasileira aumentou perto de 15%. Mas isso, evidentemente, foi insuficiente para cobrir os custos de produção, que aumentaram bem mais.
Fonte: AviSite