Certames marcados para setembro poderão contar com térmicas inflexíveis e aproveitamento de resíduos sólidos urbanos
O MME publica nesta segunda-feira, 18, as diretrizes dos leilões A-5 e A-6, previstos para 30 de setembro. As concorrências fazem parte do calendário do ministério, revisado após a pandemia de covid-19.
Há duas novidades previstas. A primeira é a contratação de usinas que gerem energia a partir da recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, que poderão ser contratadas nos dois leilões, mas exclusivamente na modalidade disponibilidade, com contratos até 2046.
Outra mudança é que os leilões contam com a retirada dos limites de inflexibilidade das usinas termoelétricas. A medida, que estava prevista, é uma forma de fomentar o uso do gás natural e chegou a ser alvo de discussões no Congresso Nacional, durante a aprovação da Lei do Gás na Câmara (projeto aguarda nova votação).
Além disso, poderão disputar projetos hidrelétricos (contratos até 2050 e 2051), parques eólicos e usinas fotovoltaicas (2040) e biomassa (2045).
No mercado, a previsibilidade, com o calendário antecipado de leilões, é bem recebida entre geradores, mas a expectativa pela demanda de energia das distribuidoras é baixa.
Além dos leilões de setembro, o MME realiza concorrências para energia existente, nova e para sistemas isolados entre abril e junho.
Fonte: EPBR