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Produção da cana-de-açúcar se aproxima do recorde histórico de 2015, afirma Conab

O volume de cana estimado para a atual safra é de 665,105 milhões de toneladas, muito próximo do recorde de 665,6 milhões de toneladas colhidas em 2015/16. Na comparação com a temporada passada, o crescimento previsto é de 3,5%.

A estimativa é do 3º Levantamento da Safra 2020/21 de Cana-de-Açúcar, divulgado nesta terça-feira, 15, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Do total de cana, 53,8% devem ser destinados à produção de 29,8 bilhões de litros do biocombustível, enquanto o açúcar absorverá 46,2% da atual colheita, devendo gerar 41,8 milhões de toneladas da commodity.

A produção de cana varia em função do clima de cada região. No Sudeste, principal região produtora do país, o incremento da produção deve ser da ordem de 5,2%, alcançando 436,4 milhões de toneladas. São Paulo e Minas Gerais são os grandes destaques da região. Já o Centro-Oeste deve produzir 0,5% a menos, totalizando 139,8 milhões de toneladas; o Sul deve ter redução, de 2,7%, com a colheita estimada em 34,5 milhões de toneladas.

Já o Nordeste, favorecido pelo clima, deve aumentar em 3,6% a oferta de cana, que chegaria a 50,9 milhões de toneladas. O Norte, responsável por menos de 1% da produção nacional, deve ter aumento de 2,2%, com sua produção subindo para 3,6 milhões de toneladas.

O boletim da Conab destaca a produção de derivados da cana e, também, a geração de etanol de milho. A produção total de etanol, proveniente de cana e de milho, deve chegar a 32,8 bilhões de litros, o que representará diminuição de 7,9% em comparação com a safra anterior. O etanol de cana-de-açúcar deve ter queda de 12,3%, limitando-se a 29,8 bilhões de litros, enquanto o de milho deve crescer 80,3%, alcançando 3 bilhões de litros.

A geração de etanol anidro de cana-de-açúcar, utilizado na mistura com a gasolina, deverá diminuir em 5,6%, ficando em 9,5 bilhões de litros, ao passo que o anidro de milho está estimado em 932,9 milhões de litros, com 130,2% a mais do que o produzido na safra anterior.

Para o etanol hidratado de cana-de-açúcar, a estimativa de produção é de 20,3 bilhões de litros, com redução de 15,1%, e, para o hidratado de milho, de 2,1 bilhões de litros, aumento de 64,4% sobre a temporada 2019/20.

Mercado

A exportação de açúcar segue aquecida desde o começo do ano. No acumulado de abril a novembro, houve aumento de 79,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As atuais 23,7 milhões de toneladas já embarcadas superam em cerca de 25% o total da safra passada inteira (abril de 2019 a março de 2020). A expectativa é que seja superado o recorde de 2016/17, quando o Brasil exportou 28,3 milhões de toneladas.

As vendas externas de etanol tiveram aumento de 49,2% no comparativo com igual período da safra passada, beirando a 2,2 bilhões de litros. Já a importação de abril a novembro diminuiu 65,1%, ficando em apenas 306 milhões de litros.

A justificativa é a desvalorização do real frente ao dólar, mesmo diante de uma redução de 14,3% na produção do biocombustível e no consumo interno, devido à pandemia do coronavírus.

Levantamentos da Conab

Ao longo do ano-safra, a Conab faz quatro estimativas da cana-de-açúcar. Os números e o comparativo entre os levantamentos estarão presentes em breve em uma planilha completa no novaCana DATA, que inclui gráficos e o histórico das safras desde 2014/15. O acesso é exclusivo para assinantes.

Mais informações

Fonte: CONAB

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