As exportações brasileiras de carne suína (in natura e processada) em 2020 devem superar a marca histórica de 1 milhão de toneladas em 2020 e o consumo per capita no Brasil também deve ser recorde, apesar da alta nos preços, segundo estimativa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
Para 2021, a associação espera que as exportações de carne suína continuem em alta, puxadas pela China, e custos de produção elevados. O setor também deverá enfrentar incertezas relacionadas à velocidade do controle da pandemia e suas consequências, disse a ABCS em comunicado divulgado na semana passada.
As exportações de carne suína in natura devem chegar a 900 mil toneladas em 2020, superando em quase 40% o volume exportado em 2019.
As exportações totais de carne suína (in natura e processada) já superaram o volume total exportado no ano passado em 39,5%, no acumulado até novembro, somando 940,9 mil toneladas.
O aumento das exportações ajudou a reduzir a oferta interna de carne suína num ano em que a produção segue em alta. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os abates de suínos sobem 9% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado.
“Sobre estes dados, pode-se projetar que a suinocultura deverá encerrar o ano com consumo per capita anual também recorde, mostrando uma importante evolução no consumo doméstico desta proteína, apesar dos problemas enfrentados ao longo do ano e sendo a única carne com crescimento consistente da produção, algo que vem se repetindo ao longo dos últimos anos em relação às demais proteínas”, disse a ABCS.
O mercado doméstico deverá absorver 80% da produção nacional de carne suína neste ano, de acordo com a associação.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil