O uso de inteligência artificial e sistemas de rastreamento de bovinos colaboram para aumentar a transparência na cadeia de produção de carne bovina, atendendo às exigências dos consumidores e reduzindo conflitos com pecuaristas, segundo especialistas durante a live Caminhos do Agro SP na quarta-feira (30).
O presidente da Frigol, Marcos Câmara, disse que a empresa tem investido na inteligência artificial e tecnologia blockchain para a rastreabilidade dos bovinos abatidos em suas unidades, buscando garantir critérios de qualidade e sustentabilidade de seu produto final.
O objetivo da empresa é ter 100% dos animais identificados, assegurando que não são originados de áreas embargadas por desmatamento ou irregulares.
O uso da tecnologia também permite que os consumidores finais tenham acesso às informações sobre a origem da carne bovina comprada por meio de um código QR disponível nas embalagens.
Câmara vê oportunidade para crescimento do consumo brasileiro de carne bovina, considerando o consumo per capita anual de 38 quilos atualmente, desde que toda a cadeia produtiva se comprometa com critérios de sustentabilidade.
“Há um potencial enorme de avançar no consumo desse tipo de produto desde que a cadeia toda esteja consciente de que isso precisa ser feito de maneira sustentável, e a tecnologia é o que permite que isto seja possível”, disse ele.
Câmara afirmou que o uso de tecnologia para rastreabilidade do processo de entrega do animal até o abate nas plantas também reduziu conflitos com os pecuaristas quanto ao rendimento da carcaça.
O sistema permite que pecuaristas tenham acesso em tempo real aos indicadores de peso da carcaça do animal entregue e abatido no frigorífico, dando transparência ao processo e evitando questionamentos sobre os dados.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil