O frango abatido percorreu toda a quarta semana de outubro, 43ª de 2020, com as cotações praticamente estáveis (média de R$5,50/kg para o produto resfriado comercializado no Grande Atacado da cidade de São Paulo).
Em outras palavras, não enfrentou as baixas que, normalmente, caracterizam o período – entrada no terceiro decêndio do mês, ocasião em que os preços refluem de forma significativa. E tal comportamento é indicativo de que se chegou aos valores mínimos do mês e a partir dos quais começam a ocorrer novas altas. A confirmar.
Não escapa, porém, que essa estabilidade vem sendo conseguida à custa de estrito controle da oferta, ajustada o máximo possível à demanda recessiva que marca todo final de mês.
Compreensível e justificável – é preciso fazer frente aos custos, que não param de subir – esse comportamento tem sido (pelo menos em São Paulo) um obstáculo à melhor adequação de preço do frango vivo, pois os abatedouros têm ido menos às compras.
Na semana que passou, por exemplo, os produtores independentes de Minas Gerais tentaram e conseguiram um novo ajuste de cinco centavos, com o que o produto encerrou a semana cotado a R$4,45/kg. Já no interior paulistas as tentativas do setor produtivo resultaram infrutíferas, fazendo com que o frango vivo encerrasse o período com a mesma cotação da semana anterior – R$4,30/kg, valor vigente desde o dia 8.
Como chegamos à última semana do mês, não há muito mais a esperar de outubro, a não ser aqueles movimentos atípicos que antecedem um feriadão e que, geralmente, têm propiciado maior movimentação do mercado.
Porém, o que mais chama a atenção neste instante é que estamos iniciando a 44ª semana de 2020, ou seja, faltam apenas 10 semanas (menos de 70 dias) para o encerramento de 2020. Por sinal, no decorrer desta semana começam a ser incubados os pintos correspondentes aos primeiros frangos a serem abatidos em 2021. Será que podemos contar com um Feliz Ano Novo?
