Na semana que passou (4 a 10 de outubro, cinco dias úteis), 41ª de outubro, frango vivo e abatido tiveram o desempenho esperado de toda segunda semana de mês. Aliás, desta vez o resultado foi melhor, pois, antecedendo um “feriadão”, o período levou à antecipação de negócios, o que fortaleceu ainda mais o mercado – que, por sinal, vinha firme deste o início do mês.
A maior valorização da semana recaiu sobre o frango abatido, que encerrou o período (sexta-feira, 9) com um valor mais de 6% superior ao de uma semana antes – o que, naturalmente, corresponde a novo recorde de preço nominal.
Em decorrência, o valor médio alcançado no primeiro decêndio do mês – R$4,56/kg – se encontra 6,11% e 39,35% acima daqueles registrados, respectivamente, no mês anterior e no mesmo mês de 2019.
A valorização do frango vivo na semana foi menor, de 2,4%. De toda forma, ocorreram no período dois novos reajustes de cinco centavos que, somados ao reajuste ocorrido logo no primeiro dia de outubro perfazem valorização de 3,6% em relação ao último preço de setembro.
Agora, no primeiro decêndio de outubro, o frango vivo alcança valor médio de R$4,24/kg, também recorde nominal, resultado que representa valorização de 3,92% sobre o mês anterior e de 28,48% sobre outubro de 2019.
Notar, neste caso, que um ano atrás, que a cotação vigente do frango vivo correspondia apenas a um referencial, pois a maior parte dos negócios então efetuados sujeitava-se a descontos variáveis, conforme os interesses e necessidades de uma e outra parte negociante. Na prática, portanto, a variação anual ora registrada alcança índice superior ao apontado.
Na abertura desta semana as transações com o frango abatido devem se manter firmes, dada a reposição de estoques pós-feriados, normalmente elevada. Mas fica a dúvida se essa firmeza persistirá, pois a primeira quinzena vai chegando ao fim.
Já o frango vivo parece ter superado o período de altas. Ou seja: tende, agora, a uma acomodação de preço, o que não significa risco de retrocesso, pois a oferta permanece ajustada à demanda.
De toda forma, o setor tem se constituído em verdadeira “caixinha de surpresas”. Assim, pode surpreender e obter novos reajustes na passagem da primeira para a segunda quinzena.