De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quarta-feira, o IPP passou a subir 3,22% em julho de alta de 0,60% em junho (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) acelerou com força em julho e atingiu o maior nível da série histórica, pressionado pelo aumento nos custos dos alimentos e das atividades relacionadas aos derivados de petróleo e biocombustíveis.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quarta-feira, o IPP passou a subir 3,22% em julho de alta de 0,60% em junho.
Esse foi o maior patamar desde o início da série histórica, em janeiro de 2014, para o indicador, que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
Nos últimos 12 meses a inflação da indústria chegou a 11,13%, primeira vez acima de 10% desde novembro de 2018 (11,85%).
A atividade de alimentos, que tem o principal peso no índice geral, subiu 3,69% depois de queda de 0,73% em junho, na taxa mais elevada para o setor desde julho de 2012.
“O setor foi impactado principalmente pelas altas no açúcar demerara, na carne de aves, na soja e no óleo de soja. Esses produtos sofreram a influência do câmbio, mas também de outros fatores”, explicou Alexandre Brandão, pesquisador do IBGE.
O refino de petróleo e produtos do álcool registrou em julho avanço de 11,65%, no segundo mês seguido de avanço após quatro resultados negativos.
Fonte: Reuters