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Publicação avalia eficiência de fungicidas para controle da ferrugem da soja

A Embrapa acaba de lançar a publicação Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2019/2020: Resultados sumarizados dos ensaios cooperativos.  A obra é resultado dos ensaios cooperativos realizados na safra 2019/2020 em diferentes regiões produtoras (Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal) por 23 instituições de pesquisa públicas e privadas, componentes da Rede de Avaliação de Fungicidas para Controle de Doenças na Cultura da Soja. 

De acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, os experimentos em rede vêm sendo realizados desde a safra 2003/2004 para comparar a eficiência de fungicidas registrados e em fase de registro para o controle da ferrugem-asiática. “Nesta safra, foram realizados três experimentos, com fungicidas registrados, em fase de registro e com fungicidas formados por ingredientes ativos únicos para monitorar mudanças de sensibilidade do fungo P. pachyrhizi”, explica. 

Os resultados da Rede são relevantes para a continuidade dos trabalhos de pesquisa e extensão rural, assim como apresentar informações que possam auxiliar técnicos e produtores na tomada de decisão mais eficiente para o manejo da doença. “os experimentos de ferrugem-asiática são realizados nas semeaduras tardias, a partir de novembro, para garantir a presença da doença, mas essa não é a situação de muitas lavouras no Brasil que têm apresentado escape da doença ou incidência tardia pela época de semeadura. Os resultados devem ser adequados a época de semeadura e situação da região, priorizando sempre a rotação de fungicidas”, explica Godoy. 

Manejo da doença – A ferrugem-asiática da soja é uma das doenças mais severas que incide na cultura da soja, com danos variando de 10% a 90%. As estratégias de manejo recomendadas no Brasil para essa doença incluem: o vazio sanitário (ausência da semeadura de soja e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra por meio do vazio sanitário para redução do fungo), a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época – recomendada como estratégia de escape da doença -, a utilização de cultivares com genes de resistência, o monitoramento da lavoura desde o seu início de desenvolvimento, a utilização de fungicidas preventivamente ou no aparecimento dos sintomas e a redução das janelas de semeaduras para reduzir o número de aplicações de fungicidas ao longo da safra e com isso tentar atrasar a seleção de populações do fungo resistentes ou menos sensíveis aos fungicidas. 

Fonte: Embrapa Soja

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