Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram para uma máxima de cinco meses nesta sexta-feira (14), guiados por compras por fundos em meio às perspectivas de queda de produção na Tailândia e Rússia.
O contrato outubro do açúcar bruto fechou estável, a 13,10 centavos de dólar por libra-peso, mas chegou a tocar a marca de 13,28 centavos durante a sessão, maior nível em cinco meses.
Operadores disseram que uma firme queda na produção da Tailândia em 2019/20 e a possibilidade de um novo declínio em 2020/21 criaram um panorama mais altista para o açúcar.
Eles também citaram preocupações com as perspectivas de produção na Rússia e na União Europeia, que devem compensar a grande fabricação do adoçante no Brasil.
“O mercado claramente não está mais preocupado com a produção extra do Brasil. Esse açúcar vai encontrar compradores, agora que Tailândia e Rússia devem produzir muito menos açúcar”, disse em nota o analista do Commonwealth Bank of Australia, Tobin Gorey.
A Czarnikow afirmou que as compras de açúcar do Brasil pela China devem atingir 1,15 milhão de toneladas no terceiro trimestre, alta de 145% em relação a igual período do ano anterior.
O açúcar branco para outubro avançou 0,70 dólar, ou 0,2%, para 381,20 dólares por tonelada.
Por Marcelo Teixeira e Nigel Hunt
Fonte: Reuters