Enquanto a inflação (IGP-DI) acumulada nos 26 anos de vigência do atual padrão monetário brasileiro ultrapassa os 700% (em julho, 703,58%), o ovo retrocede a uma faixa inferior a 300%: no mês passado, seu preço em tempos de Real evoluiu 289,40%, ficando mais de 400 pontos percentuais abaixo do IGP-DI indicado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas.
Apesar, porém, de ter enfrentado o terceiro consecutivo retrocesso de preço, o ovo manteve valorização anual de pouco mais de 13%, índice muito próximo ao obtido pelo frango vivo, que se valorizou quase 14%. Mesmo assim foi gritante a diferença dos dois produtos da avicultura em relação à sua principal matéria-prima, o milho. Que no mês passado alcançou valor quase um terço superior (32,98%) ao de 12 meses atrás.
A observar, apenas, que em julho o frango vivo alcançou preços que o colocaram apenas 177 pontos percentuais da inflação acumulada no mês, um dos menores índices dos últimos tempos. Aliás, registrou na média do mês valor que, nominalmente, foi recorde histórico. Mas só conseguiu esse feito porque, compelido pelos altíssimos custos e pelo baixo consumo, viu-se forçado a reduzir a produção.