Em se tratando de uma segunda quinzena de mês, nada fora do convencional ocorreu com o frango abatido. Ou seja: o retrocesso de preços iniciado antes mesmo de completada a primeira metade do período apenas se intensificou. A ponto de a semana ter sido encerrada com preços médios 2,6% menores que o de uma semana antes.
Já o frango vivo segue indiferente às variações de mercado. Tanto que, na última sexta-feira, 21, completou um mês com a mesma cotação, demonstração de que permanece com a oferta ajustada à demanda. De toda forma, a longa estabilidade atual não chega a ser fato inédito, como deixa claro o gráfico abaixo: em 2019, a cotação de R$3,30/kg se estendeu por quase cinco meses, de meados de junho até o início de novembro.
Apesar das baixas sofridas no decorrer da semana, o frango abatido continua obtendo, na média, a melhor remuneração de 2020 e, nominalmente, o terceiro melhor preço da história (agosto corrente só perde para os preços de novembro e dezembro de 2019). Por ora acumula ganho de pouco mais de 5% sobre o mês anterior e de, praticamente, 18% sobre o mesmo mês do ano passado.
Já a estabilidade do frango vivo faz com que sua variação mensal seja menor – de 3,72%, índice que tende a zerar no próximo mês. Porém, em relação a agosto de 2019, a cotação atual é 18,18% superior.
Notar que a variação anual de um e outro produto apresenta índices muito próximos, em torno dos 18%. Isso significa que – pelo menos neste instante – frango vivo e abatido têm (com diferença mínima) a mesma paridade de preços de um ano atrás. Ou seja: lá como cá, o abatido foi comercializado por valor cerca de 20% superior à cotação alcançada pela ave viva.
Essa diferença, porém, tende a sofrer diluição no decorrer desta semana. Como, aliás, ocorreu há um ano. Pois então (última semana de agosto) a diferença de preços entre vivo e abatido retrocedeu a pouco mais de 13% – para o frango abatido, uma das menores diferenças do ano que passou.