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Agro manteve prateleiras cheias e exportações brasileiras na pandemia, diz ministro Paulo Guedes

A ministra Tereza Cristina e o ministro da Economia participaram de live sobre cadeia leiteira no Brasil

A ministra Tereza Cristina e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participaram juntos de live sobre o setor leiteiro. Na conferência virtual, Paulo Guedes agradeceu aos produtores rurais pelo extraordinário trabalho feito durante a pandemia do coronavírus. “O Brasil continuou se alimentando, continuou funcionando. Não adiantava só soltar o auxílio emergencial de um lado se os recursos quando chegassem às mãos da população, as prateleiras estivessem vazias nos supermercados. O pessoal do campo que manteve as prateleiras cheias”, disse ao participar da live nesta segunda-feira (10) do Fórum de Incentivo à Cadeia Leiteira, junto com a ministra Tereza Cristina e integrantes da equipe econômica.

De acordo com o ministro, graças ao setor agropecuário, as exportações brasileiras praticamente não foram afetadas nos últimos meses. “Caíram as exportações para a Europa, para os Estados Unidos, para a Argentina, mas foram remanejadas para a Ásia, para a China. De forma que as exportações do primeiro semestre estão praticamente no mesmo patamar do primeiro semestre do ano passado”.

“O Brasil mais do que nunca depende do agro para ter sucesso”, ressaltou Guedes.

 A live foi organizada pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e conduzida pela deputada federal Aline Sleutjes.

Reforma Tributária

O ministro Paulo Guedes disse que a Reforma Tributária, proposta pelo governo, irá simplificar o pagamento de impostos no Brasil, além de facilitar as exportações. O governo prevê a unificação do Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que serão substituídos pela Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com alíquota única.

“Vai ser um sistema muito mais simples, vai facilitar muito as exportações, garante a compensação instantânea dos créditos, que hoje ficam acumulados e demora a receber, então estamos indo na direção da simplificação”, disse Guedes.

Ele também argumentou que o país precisa trabalhar para baixar custos de logística, energia e transporte para o setor agrícola. “Temos que facilitar para que boa parte do lucro fique com o produtor, e não seja consumido ao longo da estrada, uma parte com imposto, outra parte com custo de transporte, com logística”.

Em relação aos preços agrícolas, o ministro da Economia afirmou que sofrem muitas intempéries e a melhor forma de lidar não é com o controle de preços. “A melhor forma de lidar com isso é evoluirmos para os seguros, para os mercados futuros, para um seguro contra essas flutuações. Se você está plantando e conhece os custos de energia, de mão de obra, você olha no mercado futuro e começa a negociar, faz seu seguro. Estamos indo nessa direção”, disse.

No caso do leite, a ministra Tereza Cristina destacou a importância dos Conseleites, que já existem em alguns estados e definem o preço do leite com base nos custos regionais.

Cadeia leiteira

A ministra Tereza Cristina ressaltou que o setor leiteiro é uma das prioridades do Mapa. Ela reafirmou que a cadeia é grande, mas desigual. Para que haja padronização, o caminho é apoiar iniciativas para qualificação do produtor e adoção de tecnologias modernas.

“A qualificação do produtor do leite vem com a assistência técnica, com a organização”, disse. “Temos que trabalhar mais infraestrutura, para diminuir custos de produção. Temos que trabalhar mais em sistemas de cooperativa, temos que colocar mais leite na merenda escolar. Não tenho dúvida que esse setor, em breve, terá uma diferença muito grande de preços. A maioria já começa a saber quando custa o seu litro de leite e ele vai saber se vale a pena continuar ou não. É um setor que está se profissionalizando como outros”. 

O Mapa desenvolve programas de combate às principais doenças que afetam o rebanho, como brucelose e febre aftosa, além de estimular assistência técnica e consumo de leite e derivados no país (PAA, PNAE e Mais Leite Saudável). 

A atividade leiteira está presente em 98% dos municípios brasileiros, desempenhada, principalmente, por pequenos e médios produtores. O Brasil superou a produção de 33 milhões de litros de leite em mais de 1 milhão de propriedades.

Fonte: MAPA

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